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Costa diz que segundo resgate não tem cabimento e sugere a Passos que "cace pokémons"

O primeiro-ministro considera que Portugal "tem tido uma execução orçamental muito tranquila" e reafirmou que o défice ficará "confortavelmente abaixo dos 2,5%". "Quem anda à procura de encontrar o diabo mais vale dedicar-se à caça de pokémons", disse, em alusão às palavras do líder do PSD.

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14 de Setembro de 2016 às 12:37
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O primeiro-ministro defendeu esta quarta-feira, 14 de Setembro, que não tem o menor cabimento colocar-se um cenário de segundo resgate financeiro a Portugal e, numa indirecta ao PSD, sugeriu que quem espera o "diabo" melhor fará em dedicar-se a caçar "pokémons".

António Costa falava no final de uma visita ao Liceu Passos Manuel, onde estudou em jovem, deslocação em que esteve acompanhado pelo ministro da Educação, Tiago Brandão Rodrigues, e que se destinou a assinalar a abertura do ano escolar.

Interrogado pelos jornalistas sobre o facto de a agência de rating "Moody's" ter afastado um cenário de segundo resgate financeiro a Portugal, o líder do executivo respondeu: "Nunca estive intranquilo, porque sempre disse que não faz o sentido, não tem qualquer cabimento, falar em qualquer tipo de resgate".

Mais à frente, numa alusão indirecta às previsões económico-financeiras do PSD, António Costa declarou que "quem anda à procura de encontrar o diabo mais vale dedicar-se à caça de pokémons, porque caçar pokémons é mais fácil do que encontrar o diabo".

O líder do PSD, que cerca de uma hora depois falava aos jornalistas no final de um encontro com o primeiro-ministro, em São Bento, a propósito da cimeira de Bratislava, escusou-se a comentar a declaração de António Costa: "Não conhecia essas declarações, mas não sinto nenhuma necessidade de fazer qualquer comentário sobre elas, acho que elas falam por si", disse apenas.

Perante os jornalistas, o primeiro-ministro sustentou que há um quadro de estabilidade económica e financeira no país, com resultados positivos em termos de controlo do défice e na resolução das questões da banca.

"Portugal tem tido uma execução orçamental muito tranquila: Este ano (pela primeira vez em muitos anos) não ficará somente abaixo da meta dos três por cento do défice, como também abaixo dos 2,7 por cento previstos pela Comissão Europeia. E vamos mesmo ficar confortavelmente abaixo dos 2,5 por cento", advogou o primeiro-ministro.

António Costa disse que este resultado se verifica depois de o seu Governo, ao longo de 2016, ter reduzido a sobretaxa de IRS e de ter reposto vencimentos de salários e de pensões.

Também de acordo com o primeiro-ministro, "a gestão da dívida tem sido feita com grande competência e profissionalismo por parte do IGCP (Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública) e as taxas aplicadas a Portugal têm revelado enorme estabilidade".

"Por outro lado, as questões que têm sido colocadas relativamente ao sistema financeiro têm sido resolvidas uma a uma com tranquilidade, não continuando a disfarçar o que irresponsavelmente foi escondido", acrescentou, numa crítica ao anterior executivo.

(Notícia actualizada às 13:50 com reacção de Passos Coelho às afirmações de António Costa)
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