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Presidente da Mota-Engil pede mais regulação contra "manipulação do mercado"

Carlos Mota Santos fala em ação concertada para destruir valor dos títulos da empresa.

Carlos Mota Santos lidera a Mota-Engil, a qual controla 71% do capital da Mota-Engil Angola.
João Cortesão
27 de Dezembro de 2024 às 09:17
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O presidente da Mota-Engil, Carlos Mota dos Santos, classifica como "manipulação do mercado" uma aposta na queda das ações da construtora ocorrida em setembro passado e defende que é necessária melhor regulação contra estes movimentos.

Em entrevista ao Expresso, nesta sexta-feira, o responsável da Mota-Engil aponta o dedo ao fundo norte-americano Muddy Waters, e entende que terá havido concertação com outros fundos na baixa do valor dos títulos da construtora, que desde o início deste ano seguem a desvalorizar 30%. O semanário lembra que em setembro foram notícia quedas expressivas da cotação atribuídas a posições "a descoberto", no total de 0,65% do capital, detidas por este fundo.

"Eu entendo que houve claramente manipulação do mercado, uma ação concertada para destruição do valor da ação. Tem de haver uma melhor regulação", defende o líder da construtora.

Quanto a resultados, na entrevista o presidente da Mota-Engil diz que "2024 vai ser um ano de um crescimento mais modesto face a 2023", mas refere que será "exatamente em linha" com o previsto. Indica também que a prioridade para o próximo ano será o aumento da rentabilidade e explica que isso passará "por ter um controlo sobre os rácios de endividamento". Refere também que o plano estratégico da empresa foi revisto em alta, esperando-se um volume de negócios de seis mil milhões de euros em 2026.

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