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Atenas terá dificuldades em pagar ao FMI e ao BCE

O Governo grego das Finanças admite que terá dificuldades em pagar os empréstimos do FMI e os títulos de dívida grega comprados pelo BCE que vencem nos próximos meses, o que pode abrir um cenário de incumprimento parcial. Já aos bancos gregos terão regressado 700 milhões de euros desde que houve acordo em Bruxelas.

Reuters
Negócios 25 de Fevereiro de 2015 às 18:30
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As declarações de Yanis Varoufakis à Alpha Radio, citadas pela Reuters, voltam a colocar pontos de interrogação sobre a evolução da crise da Zona Euro. "Não teremos problemas de liquidez no sector público. Mas de certeza que teremos dificuldades em fazer pagamentos de dívida ao FMI e ao BCE em Julho", afirmou o ministro das Finanças ao órgão de comunicação social grego, apenas um dia depois de a Zona Euro ter concordado em dar uma extensão de quatro meses ao envelope financeiro destinado a Atenas.

 

Varoufakis não disse quanto dinheiro pode faltar à Grécia. Depois de pagar dois mil milhões de euros ao FMI em Fevereiro, Atenas terá ainda de amortizar 1,6 mil milhões à mesma instituição em Março e outros 7,5 mil milhões junto do BCE em Julho e Agosto deste ano.

 

Ainda segundo o ministro grego, o acordo em Bruxelas teve já um impacto muito positivo na banca, tendo regressado nestes dois dias 700 milhões de euros. Desde o início de Janeiro, estima-se que a fuga de depósitos se tenha elevado a 20 mil milhões de euros. 

 

O ministro das Finanças germânico lembrou, por seu turno, que, tal como decorre da posição tomada no Eurogrupo, não haverá  mais transferências para Grécia sem que sejam cumpridas as condições do programa de resgate.  Wolfgang Schäuble acrescenta ainda que Berlim está desconfiada. "A questão agora é se podemos acreditar nas garantias do Governo grego. Existem muitas dúvidas na Alemanha, o que é compreensível", sublinhou à rádio SWR2.

 

As declarações de Schäuble foram proferidas antes de o ministro grego da Energia ter vindo contrariar o programa de reformas prometido por Varoufakis, afirmando que o Governo não vai privatizar duas empresas de produção e distribuição de electricidade. "As empresas [compradoras] não apresentaram propostas finais, portanto não será finalizada", assumiu ao jornal Ethnos.

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