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Na cidade de La Paz, na Bolívia, há equipamentos de esterilização de laboratórios e hospitais a funcionar a 4.000 metros de altitude. Estas máquinas foram fabricadas na Maia, pela Prohs, e precisam de ser ajustadas às condições da região. Pedro Costa, director de marketing e exportações da sociedade, explicou que é necessário "fazer alterações na máquina para que a esterilização seja feita sem danificar o produto".
Mas isto não é nada a que a Prohs já não esteja habituada. Afinal, a sociedade vende para mais de 50 países, sobretudo através de distribuidores. Fabrica "máquinas de lavar e desinfectar que, "de certa forma são similares a uma máquina de lavar a louça, mas estas não fazem a desinfecção" necessária ao sector da saúde, explicou o responsável.
Actualmente, contou o gestor, a empresa de equipamentos médicos está a "fechar um negócio grande no Gana para nove centrais de esterilização para hospitais novos, entregues ao Ministério da Saúde e também da Defesa [do país]. Dois são hospitais militares", referiu. Na Tunísia a Prohs concorreu a um contrato, de cerca de 800 mil euros, para 30 máquinas.
A empresa foi criada, no ano 2000, para comprar a José dos Santos Monteiro que iniciou a sua actividade em 1967. O objectivo passava por fomentar a internacionalização. E 16 anos depois tem 85% das vendas lá fora e 15% em Portugal. Até porque os desafios do mercado nacional são grandes.
Nos últimos anos, "Portugal tem reduzido o peso porque o investimento do Ministério da Saúde tem vindo a diminuir. Não vendemos consumíveis, só equipamentos, que duram mais tempo. E são aproveitados ao máximo, em vez de serem substituídos", salientou Pedro Costa. Além disso, as máquinas que são usadas na esterilização nos hospitais são cada vez mais estandardizadas, ao contrário do que acontece nos laboratórios, que "permitem uma maior costumização do equipamento e onde as margens de lucro são maiores", segundo o gestor.
Entretanto, a Prohs aumentou a capacidade de produção. "Este ano fizemos algumas contratações e no próximo ano, às tantas, iremos contratar mais pessoas. Na Maia comprámos um novo pavilhão [para a produção] em Maio de 2015 e foi inaugurado em Julho de 2016", explicou Pedro Costa. Com a aquisição, foi possível "ter 75% mais de capacidade num turno", revelou Pedro Costa.
Neste momento, trabalham 60 pessoas na Prohs, que tem toda a equipa concentrada na Maia. A sociedade facturou em 2015 cerca de cinco milhões de euros e conta crescer "ao nível das exportações". Para este ano, o volume de negócios deverá rondar os 5,5 milhões de euros.
Empresa começou no ano 2000
A Prohs foi criada para adquirir outra sociedade no ano 2000. A empresa fabrica máquinas de desinfecção para hospitais e laboratórios.
Prohs criada no ano 2000
A Prohs foi fundada no ano 2000 no seguimento da compra de uma empresa chamada José dos Santos Monteiro que iniciou actividade em 1967, neste segmento dos equipamentos médicos.
Produção de máquinas
A empresa da Maia produz "máquinas de lavar e desinfectar. De certa forma são similares a uma máquina de lavar a louça. Mas as estas não fazem desinfecção. Depois é preciso muitas mudanças para chegar à desinfecção a 100%. São equipamentos que trabalham a vapor", adiantou Pedro Costa. O objectivo é prevenir infecções em hospitais e laboratórios.
Exportação a crescer
Actualmente, a Prohs tem 85% das suas vendas no estrangeiro e 15% em Portugal. E a sociedade tem como meta o aumento da exportação, para países como a Tunísia e o Gana. Os maiores mercados lá fora são ainda os europeus, com França à cabeça.
Concorrência nacional
"A principal concorrência é de empresas portuguesas. Nenhuma das multinacionais que concorrem connosco tem delegação directa em Portugal", realçou Pedro Costa. A Prohs trabalha directamente em Portugal e Espanha. "Em todos os outros países estamos com distribuidores", segundo Pedro Costa.