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O aeroporto Francisco Sá Carneiro cresceu 17% em 2015 e deverá encerrar 2016 com um aumento de 15%. O director da infra-estrutura diz que o incremento irá continuar nos próximos anos, mas a um ritmo mais próximo do que existe, neste momento, a nível mundial.
O aeroporto tem sido um factor de crescimento desta zona. Como é que irão fechar o ano?
O aeroporto tem estado com taxas de crescimento muito altas nos últimos dez anos. Em termos médios, o crescimento anual tem sido superior a 9%, o que é uma taxa muito alta para uma década. Estes dois últimos anos têm sido particularmente bons. No ano passado, mais precisamente de 2014 para 2015, crescemos à volta de 17%. De 2015 para 2016 vamos aumentar cerca de 15%, segundo a previsão. Fechámos 2015 com cerca de oito milhões de passageiros e este ano contamos encerrar com nove milhões de passageiros. É impossível crescer indefinidamente a este ritmo. Há limites para tudo e a dada altura iremos estabilizar.
Qual o máximo de passageiros que podem receber?
Entendemos que até 11, 12 milhões de passageiros não vamos precisar de fazer grandes transformações. É numa situação relativamente folgada, mas há sectores que começam a dar sinais de alguma necessidade de intervenção. Há áreas que são um pouco mais congestionadas que as outras e nós vamos fazendo investimentos para ultrapassar isso. Mas temos um aeroporto para para os próximos anos.
O que é que esperam para 2017?
Tem havido novidades todos os anos, isto é um ciclo virtuoso. Há uns anos o aeroporto teve uma política comercial e de marketing muito agressiva e conseguiu captar rotas e companhias muito importantes e isso começou a puxar pela região, que está com uma pujança fantástica. Portugal e o Porto estão na moda. Se no princípio era o aeroporto a puxar pela região agora é a região "culpada" pelo crescimento.
Teme que a tão polémica subida das taxas possa prejudicar a competitividade do aeroporto?
Há um modelo regulatório que está assinado e que é seguido. Temos tido uma variação de taxas muito moderada e está à vista que a competitividade não foi prejudicada.
Na próxima década a influência do aeroporto vai aumentar?
Isto é um negócio como os outros, tem um efeito multiplicador. À medida que formos crescendo vamos ganhando peso relativo, com efeitos no mercado de trabalho claro.