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Juros da dívida grega a 10 anos abaixo de 10% após pedido de extensão dos empréstimos

A oficialização do pedido de Atenas aos seus parceiros europeus para o prolongamento por mais seis meses dos empréstimos ao país está a ser bem recebido pelos mercados. As taxas de juro da dívida grega seguem a cair em todas as maturidades, tendo mesmo recuado, no prazo a 10 anos, para menos de 10%. Já a bolsa grega sobe mais de 3,5%.

Reuters
19 de Fevereiro de 2015 às 12:28
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O Governo grego entregou esta quinta-feira, 19 de Fevereiro, o pedido oficial de extensão dos empréstimos por um prazo de seis meses. Se os parceiros europeus aceitarem o pedido grego, Atenas garante financiamento sem que para o conseguir tenha de renegociar o prolongamento ou mesmo um novo programa de assistência com a troika.

 

Algo que o novo Executivo disse, desde a primeira hora, não estar disposto a fazer porque iria contra o mandato atribuído pelo eleitores gregos e que passa pelo fim da austeridade imposta pelos memorandos negociados com a troika.

 

A expectativa de que os ministros das Finanças da Zona Euro aceitem o pedido grego está a animar os mercados. A bolsa grega segue a valorizar 3,59%, isto depois de na quarta-feira já ter encerrado a ganhar 1,08%, numa altura em que já havia a expectativa de a Grécia requerer o prolongamento dos empréstimos.

 

Em sentido inverso seguem os juros exigidos pelos investidores, nos mercados secundários, para adquirirem dívida pública helénica. Na maturidade a 10 anos, a "yield" recua 15,1 pontos base para 9,85%, voltando assim a negociar abaixo dos 10%. Já no prazo a 30 anos, a taxa de juro desce 3,4 pontos para 8,17%.

 

No prazo a 3 anos a "yield" das obrigações gregas cai mais de 100 pontos (1,14 pontos percentuais) para 16,23%, enquanto na maturidade a 5 anos desce 78,2 pontos para 14,06%.

 

Também a contribuir para uma maior confiança dos mercados face à Grécia está a decisão adoptada na quarta-feira pelo Banco Central Europeu (BCE). A instituição liderada por Mario Draghi aprovou um aumento de 3,3 mil milhões de euros de liquidez à banca grega, dos actuais 65 mil milhões para os 68,3 mil milhões de euros.

 

A decisão do Conselho de governadores do BCE permite prolongar por quinze dias a assistência de liquidez de emergência (ELA, na sigla em inglês) à Grécia.

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