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BCE aprova aumento de 3,3 mil milhões de liquidez à banca grega

O limite da cedência de liquidez de emergência à banca grega aumentou de 65 para 68,3 mil milhões de euros. A próxima avaliação ocorre dentro de 15 dias.

18 de Fevereiro de 2015 às 19:19
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O Conselho de governadores do BCE decidiu quarta-feira, dia 18, estender por quinze dias a Assistência de Liquidez de Emergência (ELA, na sigla em inglês) à Grécia, tendo aumentado o limite máximo dos fundos a ceder à banca de 65 para 68,3 mil milhões de euros, apurou o Negócios. 

 

O BCE garante assim o financiamento aos bancos gregos por mais duas semanas  e acede, ainda que com um valor relativamente pequeno, à pretensão dos bancos gregos que pressionaram o governador Yannis Stournaras no sentido de aumentar o volume de empréstimos a que podem ter acesso.

 

As instituições financeiras enfrentam uma significativa saída de depósitos do país que, segundo uma fonte da banca de Atenas citada pela agência Reuters, se terá intensificado nos últimos dias, para ritmos próximo de 500 milhões de euros por dia. Estes fluxos estão a ser vigiados diariamente em Frankfurt.

 

Estimativas do JP Morgan publicadas esta semana apontam para que desde as eleições de 25 de Janeiro os bancos tenham perdido perto de dois mil milhões de euros por semana. Dado o volume de colateral disponível no balanço das instituições financeiras (as garantias que são dadas à autoridade monetária em troco de empréstimos) a substituição deste financiamento por dinheiro do banco central só poderia continuar por 14 semanas, escreveram os economistas do banco. Isto se o BCE continuar a alargar o limite máximo da ELA.

 

A decisão de quarta-feira em Frankfurt mantém um nível de pressão elevado sobre os bancos helénicos e, consequentemente sobre o governo grego, que está a negociar com restantes capitais europeias as condições do programa de resgate a que o país está sujeito. A proposta negocial grega deverá chegar a Bruxelas na quinta-feira de manhã.

 

O aumento de 65 para 68,3 mil milhões de euros deve ser lido também à luz da discussão no seio do Conselho do BCE onde surgiram divisões quanto à flexibilidade que deve ser concedida aos bancos gregos. É que o dinheiro emprestado pelo banco central aos bancos comerciais pode ser usado para financiar o Estado através da aplicação em bilhetes do Tesouro.

 

O BCE voltará a avaliar a concessão da ELA daqui a quinze dias. Este tipo de assistência é concedido pelo banco central nacional, que aceita colateral de pior qualidade como a dívida grega (já excluída pelo BCE) e fica também com o risco. No entanto, dados os montantes envolvidos carece de aprovação em Frankfurt. A ELA só pode ser concedida de forma temporária e a bancos solventes.

 

(notícia actualizada pela última vez às 19h46)

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