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Fitch: Dinheiro barato do BCE não vai aumentar crédito no Sul da Europa

O apetite por conceder crédito, e a procura por crédito, deverão manter-se travados independentemente das condições monetárias, antecipa a agência de rating.

24 de Março de 2011 – Fitch corta 'rating' de Portugal em dois níveis, apesar de ter afirmado que a crise política não teria implicações no país. Um dia depois foi a vez da Standard & Poor’s. No dia 29 de Março a S&P volta a cortar a notação financeira e coloca o “rating” do país a um nível do “lixo”.
Bloomberg
Negócios 15 de Setembro de 2014 às 15:59
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As novas operações de refinanciamento de longo prazo (TLTRO), que serão lançadas nesta semana pelo Banco Central Europeu, (BCE) vão garantir maior liquidez aos bancos mas é "improvável" que se traduzam numa melhoria das condições de crédito às empresas dos países do Sul da Europa, considera a Fitch.

 

"O apetite por conceder crédito, e a procura por crédito, deverão manter-se travados independentemente das condições monetárias, dado o fraco crescimento, a ainda elevada alavancagem das empresas e a sua fraca competitividade relativa em diversos sectores de actividade", escreve a agência de rating numa nota divulgada nesta segunda-feira, 15 de Setembro.

 

Em sua opinião, os bancos em Espanha, Itália, Portugal e Grécia deverão tirar proveito das taxas de juro baratas e prazos mais longos que ficarão associados às linhas TLTROS – taxa de juro de 0,05%, acrescida de 10 pontos base com maturidade em Setembro de 2018 – mas deverão usar o essencial desses fundos para substituir as linhas de financiamento existentes, designadamente as primeiras linhas de cedência de liquidez de longo prazo lançadas pelo banco central (LTROS), que vencem em Janeiro e Fevereiro de 2015. 

 

A primeira TLTRO entra em vigor em 18 Setembro. Uma segunda oferta de liquidez a baixo custo e prazo alargado deverá ser lançada em Outubro.

 

Para além destes estímulos, o BCE mantém a porta aberta a um programa mais audaz de expansão monetária. O objectivo é evitar o risco de deflação (0,3% deverá ter sido a subida homóloga dos preços em Agosto no conjunto dos países da Zona Euro) ou mesmo de inflação baixa por "um período demasiado longo", como diz o presidente do BCE.

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