Em conferência de imprensa após a reunião informal do ministros das Finanças da União Europeia (Ecofin), em Milão, Vítor Constâncio referiu-se às medidas recentemente adoptadas por Frankfurt para dizer que foram tomadas em grande parte devido a uma "sensação de urgência" e que foi essa mesma sensação que esteve na base das recentes discussões na Europa sobre investimento, reformas estruturais e mudanças no sistema financeiro.

Este mês, o BCE reduziu a taxa de juro directora para 0,05%, um novo mínimo histórico, e anunciou que vai lançar um programa de compra de activos para apoiar o mercado de crédito e dinamizar a economia da Zona Euro.

"A combinação de baixo crescimento e baixa inflação cria um contexto de crescimento nominal baixo que aumenta o peso da dívida e que pode criar obstáculos a recuperação", disse este sábado, 13 de Setembro, Constâncio.

O responsável do BCE afirmou ainda que Frankfurt espera que a Zona Euro regresse a um crescimento moderado no terceiro trimestre, ainda que no total no ano fique abaixo de 1% do produto interno bruto (PIB).

A economia da Zona Euro ficou estagnada (0%) entre Abril e Junho.

Já o ministro da economia de Itália, Pier Carlo Padoan, falou da necessidade de a Europa aumentar o investimento privado e também público pelo seu papel de catalisador do crescimento.

Por seu lado, o Comissário para os Assuntos Económicos Jirki Katainen, sublinhou a necessidade de os países continuarem a levar a cabo reformas estruturais: "Muitos países estão a fazer reformas estruturais e isto é o mais importante de momento na Europa".

O comissário usou mesmo uma metáfora para passar a sua mensagem da importância de continuar a fazer reformas estruturais: "Se tivermos a prescrição do médico e formos à farmácia e comprarmos o medicamento, mas não o tomarmos, isso não ajuda", afirmou.