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BCE mais pessimista sobre crescimento na Zona Euro

O BCE está mais pessimista sobre o crescimento económico na Zona Euro este ano e o próximo, antecipando agora uma variação de 0,9% e 1,6%, respectivamente. A previsão de inflação também é revista em baixa.

Reuters
04 de Setembro de 2014 às 15:52
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"Depois de quatro trimestres de expansão moderada, o PIB real da Zona Euro estagnou no segundo trimestre deste ano em comparação com o trimestre anterior. Embora isso reflicta, em parte, factores extraordinários, este resultado foi mais fraco do que o esperado", afirmou Mario Draghi na conferência de imprensa do BCE desta tarde, 4 de Setembro. "No que diz respeito ao terceiro trimestre os dados dos inquéritos disponíveis até Agosto apontam para uma perda do ímpeto do crescimento cíclico, continuando ao mesmo tempo consistentes com uma expansão modesta."

 

O resultado desta expectativa é uma previsão de crescimento económico para este ano de 0,9%, acelerando para 1,6% em 2015. Ambas são revisões em baixa face às estimativas do BCE de Junho, de -0,2 e -0,1 pontos percentuais, respectivamente. Para 2016, o banco central espera um crescimento de 1,9%, mais 0,1 pontos que em Junho.

 

Segundo Draghi, a ajudar o crescimento estão as medidas de política monetária aprovadas pelo BCE, a melhoria das condições financeiras, os progressos alcançados na consolidação orçamental e as reformas estruturais. Por outro lado, observa-se uma pressão negativa devido ao desemprego elevado, continuação da contracção do crédito ao sector privado e da redução do endividamento do sector público e privado.

 

"O Conselho de Governadores vê riscos descendentes em torno das perspectivas para a Zona Euro. Em concreto, a perda de ímpeto económico pode prejudicar o investimento privado e os riscos geopolíticos mais elevados podem ter um impacto negativo na confiança das empresas e dos consumidores", afirmou o presidente do BCE, citando a falta de reformas estruturais como outro risco.

 

No que diz respeito à inflação, o BCE reviu também em baixa a expectativa para este ano, esperando agora 0,6% para a totalidade de 2014. Esta revisão ocorre depois de um novo arrefecimento dos preços em Agosto, que registaram um crescimento de apenas 0,3% (0,4% em Julho), reflectindo uma descida nos preços da energia.

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