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Durão Barroso: "Concordo com o BCE. É uma boa decisão"

O líder comunitário congratulou-se com a decisão do BCE por considerar que é preciso combater a baixa inflação e fomentar o crescimento. Apesar de considerar que é preciso continuar com as reformas estruturais, defende a necessidade de mais investimento.

Reuters
04 de Setembro de 2014 às 20:30
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O presidente da Comissão Europeia aplaudiu a decisão tomada esta quinta-feira, 4 de Setembro, pelo Banco Central Europeu (BCE).

 

A autoridade monetária anunciou hoje que iria reduzir as taxas de juro e também avançar com um programa de compra de dívida titularizada, de forma a fomentar a economia da moeda única e combater a baixa inflação.

 

Para Durão Barroso a decisão de Draghi é bem vinda, porque é necessário estimular o crescimento económico na Zona Euro. "Eu, pessoalmente, concordo com ela. Penso que é uma boa decisão", disse o líder comunitário durante a cimeira da NATO no País de Gales, em entrevista à Bloomberg.

 

"Porque, de facto, estamos com uma inflação muito baixa e eu acredito que devemos enviar todos os sinais de que apoiamos o crescimento na Europa", sublinhou.

 

Sobre a descida do euro face ao dólar após o anúncio do BCE, o português apontou que "ninguém na Europa está preocupado", pois a "maior parte das pessoas pensavam que o euro estava muito forte".

 

O valor do euro face ao dólar caiu abaixo de 1,30 dólares esta quinta-feira, algo que já não sucedia há mais de um ano.

 

Questionado se concordava com as declarações de Mario Draghi, quando o banqueiro central diz que deve ser uasada a flexibilidade orçamental permitida pelo Pacto de Estabilidade, Durão Barroso sinalizou que é necessário "ser sério" em relação à correcção dos "défices e das finanças públicas".

 

"Mas ao mesmo tempo que puxamos por reformas estruturais também precisamos de investimento", contrapôs. "Assim, todos os sinais dados pelas autoridades para aumentar o investimento, para apoiar as exportações, para corrigir alguns desequilibrios, são certamente boas".

 

Durão Barroso defendeu que os países europeus devem usar a "flexibilidade providenciada pelos tratados" com o fim de aumentar o "investimento público", mas só se "tiverem essa margem".

 

"Essa tem sido a nossa posição e eu estou feliz que o presidente do BCE também se tenha exprimido ao longo destas linhas", afirmou.

 

Sobre se França devia ter mais tempo para cumprir os seus objectivos orçamentais, Durão Barroso disse que já foi "dado tempo extra" a Paris.

 

Bruxelas vai agora "ver se as reformas estruturais foram feitas ou não", e explicou que "em alguns casos excepcionais, quando existe uma deterioração da situação económica, desde que o país tenha feito os esforços, as regras permitem" uma flexibilidade das metas.

 

O ministro das Finanças francês, Michel Sapin, avisou em Agosto que França não vai conseguir cumprir a meta de 4% de défice acordada para este ano com Bruxelas.

 

As razões para o incumprimento? "Menos crescimento e menos inflação conduzem mecanicamente a menos receitas", escreveu num artigo de opinião publicado no jornal Le Monde a 14 de Agosto.

 

Durão Barroso está de saída de Bruxelas e vai ser substituído na liderança da Comissão Europeia em Novembro por Jean-Claude Juncker.

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