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Draghi: "BCE está preparado para tomar mais medidas se for necessário"

Banco Central Europeu está preparado para voltar a actuar se a taxa de inflação não subir e se o crédito não chegar às empresas e famílias. Mario Draghi pede garantias aos governos da Zona Euro para comprar activos, mas conta com a oposição de Berlim e Paris.

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Draghi Says ECB Is Ready to Take Further Action
12 de Setembro de 2014 às 17:44
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Mario Draghi está pronto para agir novamente. O Banco Central Europeu (BCE) pode vir a tomar novas medidas se a redução das taxas de juro e os programas de compra de activos não provocarem a subida da taxa de inflação e o aumento da liquidez no mercado.


"O Conselho do BCE está preparado para tomar mais medidas se necessário, de acordo com o seu mandato para manter a estabilidade de preços", disse Draghi num discurso em Milão na quinta-feira, 11 de Setembro, antes da reunião do Eurogrupo.

 

"As decisões anunciadas na semana passada foram tomadas com o objectivo de reforçar as nossas expectativas no médio e longo prazo de manter a inflação abaixo, mas próxima de, 2%", justificou.

 

Os programas de compra de activos - de dívida titularizada (programa ABS) e de obrigações hipotecárias (covered bonds) - "vão ter um impacto razoável na nossa folha de balanço, que deverá voltar a ter as dimensões que já teve no início de 2012", apontou.

 

Depois da reunião do Eurogrupo, que teve lugar esta sexta-feira, 12 de Setembro, Mario Draghi veio a público defender que o programa ABS seria mais eficaz se incluir a compra de dívida "mezzanine", ou seja, dívida subordinada com maior risco associado.


Até agora o programa só se destina a dívida sénior, mais segura, e as compras destas tranches podem avançar sem garantias dos governos, diz o BCE.

 

Mas o programa de compras "será muito mais eficaz se facilitar a expansão do crédito", incluindo, não só a dívida sénior, mas também a dívida "mezzanine", considera Draghi.

 

Por isso, o BCE reclama garantias governamentais para proceder à compra deste dívida subordinada, mas esta intenção enfrenta a oposição de vários países, como a Alemanha e a França.

 

Berlim e Paris já sinalizaram que nenhum programa de compra de activos deve contar com garantias dos governos. Este ponto de vista foi reiterado hoje pelo presidente do Eurogrupo que rejeitou a possibilidade dos países garantirem esta dívida.

 

Bruxelas pede por reformas estruturais

 

Na conferência de imprensa após o fim do Eurogrupo, o novo comissário para os assuntos económicos e monetários da União Europeia, defendeu a aposta no investimento, ao mesmo tempo que pede uma "melhoria" das contas públicas.

 

"Precisamos de acelerar as reformas estruturais", disse Jyrki Katainen. Sem as mesmas, acrescentou, a União Europeia não vai ter "crescimento sustentável e criação de emprego".

 

O antigo ministro das Finanças finlandês também pediu "políticas orçamentais sustentáveis", ao mesmo tempo que os países devem "melhorar a despesa pública".

 

Por fim, defendeu que o investimento deve ser apoiado, tanto o "público como o privado. Podemos trabalhar a nível nacional mas também a nível europeu para isto".

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