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Schäuble defende que a Alemanha e a Europa devem "reforçar o investimento"
O ministro alemão e o seu homólogo francês escreveram uma carta à presidência rotativa da União Europeia, onde defendem que as "iniciativas comuns são essenciais para reavivar o investimento".
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Os países europeus devem aumentar o investimento público e privado para fomentar o crescimento económico, defende o Governo alemão.
Perante o abrandamento económico da maior economia europeia e da Europa, Berlim faz agora marcha atrás no discurso da austeridade e começa a pedir por mais investimento para o regresso do crescimento.
"Vivemos num ambiente económico que pede um reforço do investimento em toda a Europa, incluindo a Alemanha", disse Wolfgang Schäuble esta sexta-feira, 12 de Setembro.
O governante encontra-se em Milão, Itália, para o encontro dos ministros das Finanças da Zona Euro, o Eurogrupo.
"Estamos a trabalhar globalmente, a nível nacional e europeu, para aumentar o investimento privado e melhorar as condições", afirmou, citado pela Bloomberg.
Sobre os assuntos sobre os quais o Eurogrupo se vai debruçar, o governante explicou que o ponto principal da agenda vai ser a "situação económica na Europa e acima de tudo o que vamos fazer, que é criar melhores condições estruturais para os investimentos".
O ministro de Angela Merkel também abordou a futura taxa sobre transacções financeiras, conhecida por taxa Tobin. "Devido às posições divergentes nos vários países vamos provavelmente só chegar a acordo para um pequeno passo, mas um pequeno passo é melhor do que nada".
"Estou muito confiante que se dermos o primeiro passo, vamos dar um salto em frente e ganhar em mais países", sublinhou.
O ministro alemão e o seu homólogo francês tiveram a iniciativa conjunta de escrever uma carta à presidência italiana da União Europeia, onde defendem que as "iniciativas comuns são essenciais para reavivar o investimento".
Schäuble e Michel Sapin consideram que os bancos de fomento naionais devem aumentar a cooperação com o Banco Europeu de Investimento (BEI). Esta instituição deve também "aumentar, na sua própria folha de balanços, a sua vontade de assumir riscos".
Na missiva escrita a duas mãos, os governantes pedem à União Europeia para estimular o investimento público e privado, reformas estruturais e um melhor uso dos fundos comunitários para reforçar o clima de investimento.
"Os estados-membros devem intensificar os seus esforços de reforma e comprometerem-se a identificar e a remover obstáculos nacionais ao investimento", afirmam.