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Fed de St. Louis admite que queda do petróleo vai impactar na acção da Reserva Federal

O presidente da Fed de St. Loius reconheceu que a acentuada desvalorização do petróleo pode atrasar o regresso da inflação para a meta de 2%. O que deverá ter repercussões na acção na trajectória de subida dos juros por parte da Fed.

Bloomberg
14 de Janeiro de 2016 às 17:59
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James Bullard, presidente da Fed de St. Louis, reconheceu esta quinta-feira, 14 de Janeiro, que a política monetária da Reserva Federal dos Estados Unidos poderá ser limitada e influenciada pela quebra do preço do petróleo. Num discurso hoje proferido, James Bullard apontou a "muito substancial" movimentação dos preços do crude como determinante para o rumo das políticas da instituição liderada por Janet Yellen.

 

Bullard notou ainda que o baixo preço do "ouro negro" vai ter impacto na trajectória da inflação, podendo retardar a chegada a uma taxa próxima da pretendida meta em torno dos 2%.

 

"Uma vez que os preços do petróleo estabilizem, a inflação geral deverá regressar à meta de 2% do Comité Federal de Mercado Aberto, apesar de tal poder demorar mais tempo do que inicialmente previsto", reconheceu o líder da Fed de St. Louis.

 

James Bullard acabou por demonstrar preocupação relativamente ao facto de haver a expectativa de níveis mais baixos de inflação, pelo que aconselha cautela nas expectativas da Fed sobre a evolução da mesma.

 

No entanto, Bullard mantém a estimativa de que a economia norte-americana cresça entre 2,5% e 3% em 2016, dado que o próprio sustenta, por exemplo, com o comportamento "muito forte" do mercado de trabalho. Pelo que espera que os salários voltem a crescer em 2016.

 

Por fim, James Bullard preferiu não dar demasiada importância à situação que se vive na China, mesmo depois das fortes perdas registadas na bolsa chinesa no início deste ano devido à expectativa de um arrefecimento ainda mais pronunciado do crescimento económico da segunda maior economia mundial. Bullard afiança que as perspectivas sobre a economia da China não mudaram desde o dia 1 de Janeiro.

 

As afirmações hoje feitas por Bullard vão ao encontro daquilo que vem sendo dito por outros elementos da Reserva Federal dos Estados Unidos. Esta quarta-feira, o presidente da Fed de Boston, Eric Rosengren, admitia que a previsão de um menor crescimento da economia dos Estados Unidos deverá determinar mudanças em relação à prevista trajectória de aumento da taxa de juro.

 

Antes, o vice-presidente da Fed, Stanley Fischer, dizia que a Reserva Federal estimava que fossem decretados quatro aumentos da taxa de juro directora em 2016. Sendo que quando em Dezembro anunciou a primeira subida dos juros desde 2006, de entre 0% e 0,25% para 0,25% e 0,5%, Janet Yellen comprometeu-se a realizar subidas graduais dos juros. 

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