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Juros afundam quase 30 pontos e renovam mínimos de Janeiro de 2016

As taxas de juro da dívida nacional estão a deslizar em todos os prazos, a beneficiar da decisão da S&P, que retirou Portugal do “lixo”.

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18 de Setembro de 2017 às 10:38
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As taxas de juro da dívida nacional estão a registar fortes descidas esta segunda-feira, 18 de Setembro, depois de a Standard & Poor's ter surpreendido o mercado ao retirar o "rating" de Portugal de um patamar considerado de "lixo".

A taxa de juro associada à dívida nacional está a descer 28,8 pontos base para 2,516%, tendo chegado a tocar nos 2,496%, o que corresponde ao valor mais baixo desde Janeiro de 2016. A queda também é a mais pronunciada desde Fevereiro de 2016, de acordo com os valores de fecho dos juros a 10 anos. 

  

Esta descida acentuada dos juros está a levar o prémio de risco da dívida nacional face à alemã para os 208,7 pontos, o que também representa o "spread" mais baixo desde Janeiro de 2016.

 

Este é o primeiro dia de negociação depois da Standard & Poor's ter surpreendido o mercado e ter retirado o "rating" do país de um patamar considerado de "lixo". Esta decisão assume uma importância vital porque há gestores de activos que estão impedidos de alocar mais do que uma pequena porção da carteira de investimento a obrigações classificadas como "lixo" pelas principais agências de "rating".

Esta decisão deverá ajudar Portugal, bem como as cotadas nacionais nas emissões de dívida, podendo ter acesso a condições de financiamento menos penosas. Apesar da melhoria das perspectivas para Portugal, depois desta decisão da S&P, o foco já está na decisão da Fitch em Dezembro, que servirá como uma prova dos nove sobre Portugal.

Este contexto está, desta forma, a contribuir para a descida acentuada das taxas de juro nacionais, mas também para a subida significativa da bolsa nacional. O PSI-20 está a subir 1,28%, tendo chegado a subir mais de 2% esta manhã. Determinante para este comportamento está a generalidade das acções, com destaque para o BCP, que está a subir  quase 5%, tendo chegado a disparar mais de 7%, sendo uma das cotadas mais expostas a oscilações no "rating" do país e, consequentemente, da dívida nacional. 

 

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