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Fecho de mercados: Juros de Portugal afundam para mínimos de 2015 e acções mundiais atingem recorde

Portugal esteve hoje em destaque nos mercados, com uma reacção positiva à decisão da S&P sobre o rating de Portugal. Os juros afundaram mais de 30 pontos base e a bolsa está com o melhor ciclo de ganhos em seis meses.

18 de Setembro de 2017 às 17:33
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Os mercados em números

PSI-20 subiu 1,56% para 5.283,14 pontos

Stoxx 600 valorizou 0,33% para 381,95 pontos

S&P 500 avança 0,25 para 2.506,57 pontos

"Yield" a 10 anos de Portugal caiu 36,8 pontos base para 2,436%

Euro desce 0,11% para 1,1931 dólares

Petróleo cede 0,77% para 55,19 dólares por barril, em Londres

 

Dia de recordes nas bolsas 

A semana começou da melhor maneira nos mercados accionistas, com a sessão bolsista a ser marcada por diferentes recordes em várias geografias. O MSCI All-Country, que agrupa cotadas das principais praças financeiras mundiais, tocou esta segunda-feira em novos máximos históricos, reflectindo o apetite dos investidores por activos de maior risco.

 

O índice do MSCI para os mercados emergentes atingiu máximos de seis anos e em Wall Street o Dow Jones e o S&P 500 negoceiam em novos recordes de sempre. Na Europa os máximos são bem mais contidos, com o Stoxx 600 a fixar máximos de seis semanas, após uma subida de 0,33% para 381,95 pontos.

 

A contribuir para o crescente optimismo dos investidores e aposta em activos de maior risco está o aparente atenuar da tensão entre os Estados Unidos e a Coreia do Norte, depois do secretário de Estado Rex Tillerson ter falado de solução "pacífica". Por outro lado, os investidores estão já na expectativa da reunião de dois dias da Reserva Federal que principia esta terça-feira. A instituição liderada por Janet Yellen vai discutir o melhor momento para decretar um novo aumento dos juros na maior economia mundial.

 

Lisboa liderou o movimento de alta na Europa, com o PSI-20 a subir 1,56% para 5.283,14 pontos, reagindo à decisão da Standard & Poor’s em retirar o "rating" da dívida portuguesa do nível de "lixo". A praça lisboeta registou mesmo a maior subida diária desde 13 de Julho no sétimo dia seguido a negociar em alta, naquela que foi a melhor série de ganhos desde que a, 31 de Março, também alcançou sete sessões seguidas em alta. O BCP e a Navigator destacaram-se com valorizações em torno de 5%.

 

Juros em mínimos de Dezembro de 2015 

A decisão surpresa da S&P sobre o rating de Portugal teve o impacto mais forte no mercado de dívida. Os investidores contavam apenas uma alteração da "perspectiva" para "positiva", pelo que o aumento da notação de BB+ para BBB- provocou uma corrida aos títulos portugueses. 

 

A taxa de juro associada às obrigações do Tesouro a 10 anos desceu 36,8 pontos base para 2,436%, o que corresponde ao valor mais baixo desde Dezembro de 2015 (durante toda a manhã esteve a negociar em mínimos de Janeiro de 2016). A queda é a mais pronunciada desde Fevereiro de 2016, de acordo com os valores de fecho dos juros a 10 anos, enquanto o prémio de risco da dívida nacional face à alemã encolheu para 198 pontos base, o que representa o "spread" mais baixo desde Janeiro de 2016.

 

Num artigo sobre a reacção dos mercados à melhoria do rating de Portugal, a Reuters coloca em título que este acontecimento marca o "fim da crise do euro" e cita vários especialistas sobre o impacto que poderá ter. Os investidores aguardam agora que mais uma agência siga os passos da S&P, o que possibilitará à dívida portuguesa integrar os índices de obrigações soberanas. Para Patrick O'Donnell, da Aberdeen Asset Management, as cotações dos títulos portugueses estão já a descontar este anúncio.

 

Euribor estáveis 

As taxas Euribor mantiveram-se hoje a três, seis e 12 meses e subiram a nove meses em relação a sexta-feira. A Euribor a três meses, em valores negativos desde 21 de Abril de 2015, manteve-se hoje em -0,329%. A seis meses, a taxa Euribor, a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação e que entrou em terreno negativo pela primeira vez em 6 de Novembro de 2015, voltou hoje a ser fixada em -0,271%.

 

Reunião da Fed impulsiona dólar 

No mercado cambial as atenções estão já centradas na reunião da Reserva Federal, o que está a ter um impacto positivo na cotação da moeda norte-americana. O dólar tocou em máximos de sete semanas face ao iene e está também a ganhar terreno face ao euro, com os investidores a apostarem que o banco central vai anunciar o plano para começar a reduzir o seu balanço.

 

O euro desce 0,11% para 1,1931 dólares.

 
WTI abaixo dos 50 dólares 

No mercado petrolífero a tendência é negativa, com a matéria-prima a corrigir dos ganhos das últimas sessões, numa altura em que as refinarias na região do Texas continuam a regressar à normalidade depois dos estragos causados pelo furacão Harvey.

 

O WTI em Londres desvaloriza 0,78% para 49,50 dólares o barril e o Brent, que transacciona em Londres, cede 0,77% para 55,19 dólares.

 

Procura por activos de risco penaliza ouro

O ouro está a registar o movimento clássico de desvalorização numa sessão marcada pelo aumento do apetite dos investidores pelos activos de maior risco. O metal precioso desce 0,6% para 1.312,05 dólares a onça, um mínimo de quase três semanas.

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