Notícia
Procura por petróleo vai contrair em 2020 pela primeira vez em mais de uma década
A Agência Internacional de Energia (AIE) diz que a procura global pela matéria-prima vai contrair este ano, pela primeira vez desde 2009, No pior dos cenários, pode cair até 730 mil barris por dia.
A procura global por petróleo vai contrair este ano - um cenário que não se verificava desde a crise financeira de 2009 - devido ao impacto que a propagação do vírus Covid-19 está a ter na economia em todo o mundo, segundo adiantou a Agência Internacional de Energia (AIE), nesta segunda-feira, dia 9 de março.
No mês passado, a AIE tinha previsto um crescimento anual na procura (na ordem dos 800 mil barris por dia), mas agora recuou de forma drástica na sua previsão e está a antecipar uma redução anual de 90 mil barris por dia. No entanto, e num movimento pouco comum por parte da agência, dada a imprevisibilidade da continuidade do impacto do vírus na economia mundial, estabeleceu dois cenários extremos possíveis.
A AIE define assim a hipótese mais pessimista, que pressupõe uma queda de até 730 mil barris por dia para este ano, caso "os países já afetados pelo vírus recuperem de forma mais lenta e a epidemia se venha a espalhar ainda mais na Europa e na Ásia". Num cenário mais otimista, a agência aponta para um crescimento da procura na ordem dos 480 mil barris por dia "numa situação em que a China consiga controlar a proliferação do coronavírus".
"Nas semanas anteriores, o coronavírus passou de uma crise de saúde na China para uma crise em todo o mundo", pode ler-se no comunicado divulgado pela AIE, acrescentando que "as medidas de contenção (dos vários países) resultaram em reduções drásticas no transporte internacional e doméstico de petróleo em todo o mundo".
Ontem o Brent afundou 31% para negociar nos 31,02 dólares por barril, algo que não se via há quase 30 anos, em reação ao anúncio da Arábia Saudita, que vai aumentar a produção e cortar de forma significativa o preço que cobra aos seus clientes, para inundar o mercado de petróleo saudita numa altura em que as cotações já estão em forte quebra devido à redução da procura provocada pela propagação global do coronavírus.
A agência de Paris já tinha antecipado uma queda na procura pela matéria-prima nos primeiros três meses do ano, por causa do coronavírus, mas dados os sinais de não abrandamento da epidemia, agora estendeu as suas previsões negativas para o resto do ano.
E tal está a acontecer. A AIE diz que, desde janeiro até ao dia de hoje, a procura por petróleo sofreu uma queda de cerca de 2,5 milhões de barris diários. O consumo na China, que no ano passado contribuiu para 80% do crescimento do consumo anual, reduziu 3,6 milhões de barris por dia.
No mês passado, a AIE tinha previsto um crescimento anual na procura (na ordem dos 800 mil barris por dia), mas agora recuou de forma drástica na sua previsão e está a antecipar uma redução anual de 90 mil barris por dia. No entanto, e num movimento pouco comum por parte da agência, dada a imprevisibilidade da continuidade do impacto do vírus na economia mundial, estabeleceu dois cenários extremos possíveis.
"Nas semanas anteriores, o coronavírus passou de uma crise de saúde na China para uma crise em todo o mundo", pode ler-se no comunicado divulgado pela AIE, acrescentando que "as medidas de contenção (dos vários países) resultaram em reduções drásticas no transporte internacional e doméstico de petróleo em todo o mundo".
Ontem o Brent afundou 31% para negociar nos 31,02 dólares por barril, algo que não se via há quase 30 anos, em reação ao anúncio da Arábia Saudita, que vai aumentar a produção e cortar de forma significativa o preço que cobra aos seus clientes, para inundar o mercado de petróleo saudita numa altura em que as cotações já estão em forte quebra devido à redução da procura provocada pela propagação global do coronavírus.
A agência de Paris já tinha antecipado uma queda na procura pela matéria-prima nos primeiros três meses do ano, por causa do coronavírus, mas dados os sinais de não abrandamento da epidemia, agora estendeu as suas previsões negativas para o resto do ano.
E tal está a acontecer. A AIE diz que, desde janeiro até ao dia de hoje, a procura por petróleo sofreu uma queda de cerca de 2,5 milhões de barris diários. O consumo na China, que no ano passado contribuiu para 80% do crescimento do consumo anual, reduziu 3,6 milhões de barris por dia.