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Dow regista maior queda de sempre em pontos. Foram mais de 2.000

As bolsas do outro lado do Atlântico encerraram em forte baixa, a acompanhar o descalabro do resto do mundo, arrastadas pela crise petrolífera.

Reuters
09 de Março de 2020 às 20:22
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Os principais índices de Wall Street fecharam em forte queda, num dia em que as bolsas de todo o mundo afundaram – arrastadas pela crise petrolífera desencadeada pelos sauditas.

 

As bolsas em Nova Iorque estão a negociar com uma diferença de quatro horas em relação a Lisboa durante três semanas, em vez das habituais cinco horas, devido à mudança de hora ocorrida neste fim-de-semana nos EUA.

 

O Dow Jones afundou 7,79% para 23.851,02 pontos, naquela que foi a maior queda percentual desde 15 de outubro de 2008.

 

O Dow perdeu 2.013,76 pontos, a maior queda de sempre em pontos – e por larga margem, já que a segunda maior descida em pontos tinha sido de 1.190,95 no passado dia 27 de fevereiro.

 

Já o Standard & Poor’s 500 recuou 7,60% para 2.746,56 pontos, tendo chegado a afundar 8,01%. Também este índice registou a sua pior depreciação de sempre em pontos, ao perder 225,81 pontos no fecho.

 

O tecnológico Nasdaq Composite acompanhou o movimento de queda, a ceder 7,29% para 7.950,68 pontos. Este índice não fugiu à regra e teve também a descida mais acentuada em pontos de sempre no fecho, ao ceder 624,94 pontos.

 

O S&P 500 e o Nasdaq registaram, assim, as suas piores sessões desde dezembro de 2008 em descidas percentuais de fecho.

 

Em perdas intradiárias, o S&P 500 teve o maior recuo desde 2010 quando mergulhou mais de 8%.

 

Por seu lado, o índice Russell 2000, que regista o desempenho das empresas de menor capitalização [small caps], já está em "mercado urso".


Quando temos um mercado urso, significa que está a perder pelo menos 20% desde os últimos máximos.

 

Os três grandes índices do outro lado do Atlântico estão todos perto de quedas de 20% desde os seus máximos mais recentes, pelo que também estão muito perto de entrar em "bear market". Há duas semanas negociavam em máximos históricos.

Pouco depois do início da sessão em Wall Street, as quedas do S&P 500 accionaram um travão que levou à suspensão da negociação durante 15 minutos.

O petróleo teve a pior sessão desde a guerra do Golfo, em 1991, depois de no domingo a Arábia Saudita ter desencadeado uma crise ao anunciar um aumento de produção e redução de preços do ouro negro.

Isto depois de na sexta-feira a OPEP e seus aliados (o chamado grupo OPEP+) não terem conseguido acordar um corte adicional da oferta no mercado devido à recusa da Rússia, parceiro estratégico neste acordo que vigorava desde janeiro de 2017.

Além das petrolíferas, também o setor tecnológico perdeu bastante terreno na sessão de hoje.

 

Em destaque, pela negativa, esteve a Apple, que afundou 7,91% para 266,17 dólares, não só pressionada sangria deste arranque de semana nas bolsas mas também pelo anúncio de que vendeu menos de meio milhão de iPhones na China em fevereiro devido à epidemia de coronavírus.

 

Em fevereiro do ano passado, a empresa da maçã liderada por Tim Cook vendeu 1,27 milhões de iPhones à segunda maior economia do mundo.



(notícia atualizada pela última vez às 21:05)

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