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CEO da Volkswagen defende reduções nas tarifas a fabricantes chineses que invistam na UE

Olivier Blume defende que Bruxelas não devia estar a implementar "tarifas punitivas" à China, mas a apoiar fabricantes no seu investimento.

Josh Arslan/Reuters
06 de Outubro de 2024 às 10:01
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O presidente executivo da Volkswagen acredita que a União Europeia deveria considerar a possibilidade de ajustar as tarifas previstas contra os veículos eléctricos fabricados na China, de modo a ter em conta os investimentos feitos na Europa.

"Em vez de tarifas punitivas, deveria tratar-se de dar crédito aos investimentos. Aqueles que investem, criam empregos e trabalham com empresas locais devem ser beneficiados quando se trata de tarifas", afirmou este domingo Oliver Blume, CEO da construtora alemã automóvel, numa entrevista ao jornal Bild.

A União Europeia vai avançar com tarifas sobre os veículos eléctricos fabricados na China, confirmou o executivo comunitário na sexta-feira, mesmo depois de a maior economia do bloco, a Alemanha, e os fabricantes de automóveis alemães terem rejeitado tal iniciativa.

As tarifas podem chegar a 45%, numa decisão que estará em vigor nos próximos cinco anos e deverá aumentar as tensões comerciais com a China.

Na mesma entrevista deste domingo, Blume frisou que há o risco de as tarifas retaliatórias da China prejudicarem os fabricantes de automóveis europeus.

Na sexta-feira, já após a aprovação das tarifas pela Comissão Europeia, a Volkswagen reagiu em comunicando, adiantando que mantinha a sua posição "de que as tarifas planeadas são a abordagem errada e não vão melhorar a competitividade da indústria automóvel europeia", disse a fabricante alemã num comunicado citado pela Agência France Press.

A fabricante alemã apelou também a mais negociações com Pequim para "evitar quaisquer direitos de compensação e, consequentemente, um conflito comercial".

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