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Tarifas da UE sobre veículos da China avançam. Portugal e outros 11 países abstêm-se

Como esperado, a Alemanha votou contra a imposição destas tarifas, juntamente com outros quatros países. Doze Estados-membros, incluíndo Portugal, abstiveram-se.

As faturas dos carregamentos das viaturas elétricas devem estar em nome do sujeito passivo de IVA, no caso, a empresa e não o trabalhador.
Getty Images
04 de Outubro de 2024 às 10:23
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A União Europeia aprovou esta sexta-feira tarifas sobre os veículos elétricos chineses que podem chegar a 45%. Uma decisão que estará em vigor nos próximos cinco anos e deverá aumentar as tensões comerciais com a China.

Ainda assim, vários países abstiveram-se na votação. Apesar de os resultados não serem públicos, a Euronews avança que 12 países abstiveram-se, um grupo que inclui Portugal e Espanha. Cinco votaram contra, onde se destaca o voto da Alemanha, e 10 votaram a favor, incluindo França, Itália e os Países Baixos.

Berlim seguiu a intenção que já tinha manifestado e votou contra. O governo liderado por Olaf Scholz foi fortemente pressionado pelas maiores fabricantes automóveis do país.

A China é um dos principais mercados para as fabricantes automóveis alemãs e representa um terço das vendas. As empresas receiam que o governo chinês imponha medidas de retaliação e temem entrar em conflito com o segundo maior parceiro comercial da Alemanha.

De acordo com a Reuters, Portugal, juntamente com a Grécia e a Polónia, tinha intenção de votar a favor da medida, mas, de acordo com informações obtidas pela Euronews junto de representantes da comitiva portuguesa, o país optou por se abster nesta votação - e o mesmo aconteceu com a Grécia. Já a Polónia manteve a sua intenção de voto e aprovou a medida. 

O elevado número de abstenções demonstra as dúvida no seio dos 27 relativamente à abordagem europeia à China. Apesar de ser politicamente consensual que as más práticas de Pequim merecem uma resposta robusta, os receios de uma quebra nas relações comerciais têm inibido vários países.

A Comissão alega que as tarifas são necessárias para compensar o acesso facilitado que as fabricantes chinesas têm a crédito, terrenos e matérias-primas e outras condições favoráveis, e têm como objetivo assegurar o equilíbrio e a justiça.

A proposta é, ainda assim, menos restritiva do que as tarifas de 100% dos EUA decididas pela Casa Branca em maio. A Comissão refere que não quer afastar totalmente as fabricantes chinesas do mercado europeu. 

Notícia atualizada às 11h40  com o sentido de voto de Portugal

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