Notícia
OPEP+ sem acordo. Petróleo afunda mais de 9% e petrolíferas em queda na bolsa
A falta de acordo na OPEP+ para cortar a produção levou a cotação do barril a afundar mais de 9%, a maior queda desde dezembro de 2008, em plena crise financeira. As petrolíferas também sofrem na bolsa.
O petróleo caiu mais de 9% tanto em Nova Iorque como em Londres após ter sido noticiado que não há acordo entre as nações da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) e seus aliados - o chamado grupo OPEP+ - para cortar mais a produção.
Segundo a Bloomberg, formalmente a reunião da OPEP+ ainda decorre em Viena, na Áustria, mas os delegados de vários países já disseram que não haverá um acordo. O bloqueio está a ser exercido pela Rússia, cuja economia e Orçamento do Estado é mais resistente a uma cotação mais baixa do barril.
Ao contrário do que o presidente russo tinha sugerido - Vladimir Putin tinha admitido aceitar o corte proposto pela Arábia Saudita -, o cartel não irá aprovar um corte adicional na produção de 1,5 milhões de barris por dia a partir de abril, o qual deveria ficar em vigor até ao final do ano.
A ideia passava pelo núcleo duro dos exportadores reduzir a produção em um milhão de barris por dia e que os restantes 500 mil fossem distribuídos pelo grupo de aliados, que é liderado pela Rússia. No entanto, os dois cortes teriam de avançar em simultâneo ou nenhum aconteceria, como se veio a verificar.
O objetivo era reduzir a oferta - que é excedentária atualmente - no mercado face à queda da procura por causa da travagem da economia provocada pelo surto do novo coronavírus. A acontecer, este corte na produção deveria levar à subida do cotação do barril.
Alguns analistas, tal como escreveu o Negócios hoje, já achavam que este corte era tardio e insuficiente. Sem o corte, o mercado petrolífero está em queda livre uma vez que a produção da OPEP+ (14 membros do cartel mais os 10 aliados) corresponde a mais de metade da oferta mundial, ou seja, tem grande impacto na formação do preço.
O problema é agravado por um outro pormenor: segundo a Bloomberg, a redução já existente de 2,1 milhões de barris por dia não irá continuar para lá do final de março. Um delegado disse que, perante a queda da cotação do barril, os países podiam até aumentar a produção para compensar os "buracos" orçamentais.
O WTI, negociado em Nova Iorque, desceu 8,56% assim que se soube a notícia, para 41,97 dólares por barril, negociando em mínimos de agosto de 2017, tendo chegado a cair depois 10,57% para 41,05 dólares. Desde o início do ano, o WTI perde 32,26%.
Já o Brent, que é transacionado em Londres e que serve de referência para as importações portuguesas, desvalorizou 8,92% para os 45,52 dólares por barril e posteriormente afundou 9,62% para 45,18 dólares. Na semana passada, o Brent perdeu 13,64%, registando a pior semana desde a crise financeira de 2008, e esta semana recuou 8,93%. Desde o início do ano, o Brent cede 31,14%.
Nas bolsas, as cotadas petrolíferas também sofreram, a começar pela Galp Energia, que afundou 7,27%. A holandesa Shell perdeu 5,9%, a britânica BP cedeu 5%, a italiana Eni desvalorizou 6,8% e a norte-americana ExxonMobil desce mais de 4%.
Segundo a Bloomberg, formalmente a reunião da OPEP+ ainda decorre em Viena, na Áustria, mas os delegados de vários países já disseram que não haverá um acordo. O bloqueio está a ser exercido pela Rússia, cuja economia e Orçamento do Estado é mais resistente a uma cotação mais baixa do barril.
A ideia passava pelo núcleo duro dos exportadores reduzir a produção em um milhão de barris por dia e que os restantes 500 mil fossem distribuídos pelo grupo de aliados, que é liderado pela Rússia. No entanto, os dois cortes teriam de avançar em simultâneo ou nenhum aconteceria, como se veio a verificar.
O objetivo era reduzir a oferta - que é excedentária atualmente - no mercado face à queda da procura por causa da travagem da economia provocada pelo surto do novo coronavírus. A acontecer, este corte na produção deveria levar à subida do cotação do barril.
Alguns analistas, tal como escreveu o Negócios hoje, já achavam que este corte era tardio e insuficiente. Sem o corte, o mercado petrolífero está em queda livre uma vez que a produção da OPEP+ (14 membros do cartel mais os 10 aliados) corresponde a mais de metade da oferta mundial, ou seja, tem grande impacto na formação do preço.
O problema é agravado por um outro pormenor: segundo a Bloomberg, a redução já existente de 2,1 milhões de barris por dia não irá continuar para lá do final de março. Um delegado disse que, perante a queda da cotação do barril, os países podiam até aumentar a produção para compensar os "buracos" orçamentais.
O WTI, negociado em Nova Iorque, desceu 8,56% assim que se soube a notícia, para 41,97 dólares por barril, negociando em mínimos de agosto de 2017, tendo chegado a cair depois 10,57% para 41,05 dólares. Desde o início do ano, o WTI perde 32,26%.
Já o Brent, que é transacionado em Londres e que serve de referência para as importações portuguesas, desvalorizou 8,92% para os 45,52 dólares por barril e posteriormente afundou 9,62% para 45,18 dólares. Na semana passada, o Brent perdeu 13,64%, registando a pior semana desde a crise financeira de 2008, e esta semana recuou 8,93%. Desde o início do ano, o Brent cede 31,14%.
Nas bolsas, as cotadas petrolíferas também sofreram, a começar pela Galp Energia, que afundou 7,27%. A holandesa Shell perdeu 5,9%, a britânica BP cedeu 5%, a italiana Eni desvalorizou 6,8% e a norte-americana ExxonMobil desce mais de 4%.