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Brent desce aos 48 dólares antes de reunião "difícil" do cartel com a Rússia

A Organização de Países Exportadores de Petróleo (OPEP) avançou a intenção de operar um corte adicional na produção, mas está dependente da Rússia.

Bloomberg
06 de Março de 2020 às 09:50
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O barril de petróleo que é negociado em Londres e que serve de referência para a Europa, o Brent, está a cair mais de 2% no dia em que novos cortes vão estar em discussão. O cartel de países exportadores acordou uma descida dos volumes mas falta agora o aval da Rússia, um aliado crucial, e o Irão já prevê que vá ser "difícil" convencer Moscovo.

O Brent do Mar do Norte está a ceder 1,58% para os 49,20 dólares, depois de já ter chegado a recuar 2,16% para os 48,91 dólares. Este barril aproxima-se, desta forma, dos mínimos de julho de 2017 que atingiu recentemente.

As perdas desta sexta-feira, 6 de março, ditam a segunda semana de quedas consecutivas: a matéria-prima já desvalorizou 2,51% no acumulado dos últimos cinco dias, uma quebra ainda assim inferior à descida de 13,64% registada na semana anterior, a pior desde a crise financeira de 2008. Desde o início do ano, o "ouro negro" já caiu mais de 25%.

Numa tentativa de contrariar a evolução negativa no mercado de petróleo, que tem sido afetado pelos receios de que o coronavírus desacelere a economia mundial e, consequentemente, reduza a procura por esta matéria-prima, a Organização de Países Exportadores de Petróleo (OPEP) avançou a intenção de operar um corte adicional na produção.

Esta quinta-feira, o cartel informou que pretende reduzir a produção em 1,5 milhões de barris diários e propõe que este corte se mantenha até ao final do ano. O objetivo é que o núcleo duro dos exportadores produza menos um milhão de barris por dia e que os restantes 500.000 sejam distribuídos pelo grupo de aliados, que é liderado pela Rússia.

Como forma de pressão a Moscovo para que se junte à iniciativa, o ministro do petróleo iraniano assumiu que, sem a luz verde do gigante de leste, "não há acordo". Este "aperto" à Rússia é algo arriscado na medida em que economias como a saudita são mais dependentes dos preços do petróleo que a da Rússia.

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