Notícia
Petróleo regressa aos 40 dólares impulsionado por negociações e dados das reservas
As notícias de uma reunião da OPEP e outros produtores em Abril e a subida das reservas inferior ao esperado estão a puxar pelos preços do petróleo. A matéria-prima sobe quase 4%, cotando novamente nos 40 dólares, em Londres.
- 1
- ...
O petróleo regressou à casa dos 40 dólares, em Londres, impulsionado pela expectativa de uma reunião entre os membros da OPEP e outros produtores em Abril para debater a estabilização do mercado. As reservas de matéria-prima também subiram menos do que o esperado na semana passada, contribuindo para os ganhos.
O Brent, negociado em Londres, está a valorizar 3,64% para 40,14 dólares por barril, novamente acima da fasquia dos 40 dólares. Avançou um máximo de 4,23%, para 40,38 dólares, durante a sessão. O West Texas Intermediate (WTI) avança 4,24% para 37,88 dólares, em Nova Iorque. Já quebrou a fasquia dos 38 dólares, negociando nos 38,05 dólares por barril.
Inventários em máximos
As reservas de petróleo cresceram 1,32 milhões de barris na semana passada, para 532,2 milhões de barris, revelou esta quarta-feira a Administração de Informação de Energia dos EUA. Este é o valor mais elevado desde que há registos (1930).
Ainda assim, as estimativas recolhidas pela Bloomberg apontavam para uma subida de 3,2 milhões de barris. "Este foi um relatório amigável, uma vez que os inventários subiram menos do que era antecipado", diz Bill O’Grady, estratega na Confluence Investment Management, à Bloomberg.
Além disso, os inventários de gasolina caíram. E a produção de petróleo recuou 10 mil barris por dia para 9,07 milhões de barris, o valor mais baixo desde Novembro de 2014. Dados que impulsionaram a negociação do petróleo, que estava já a beneficiar das notícias relativamente a um acordo entre os maiores exportadores para debater o excesso de produção.
Reunião dia 17 de Abril
Os membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) e outros grandes produtores de petróleo estão a planear realizar um encontro dia 17 de Abril, em Doha, para discutir um acordo para congelar a oferta e assim travar o crescimento do excedente de matéria-prima no mercado, revelou o ministro da Energia do Qatar, citado pelas agências de notícias.
A reunião poderá decorrer sem a participação do Irão, avançou a Reuters, o que representa uma mudança nas condições iniciais que previam que o acordo reunisse a participação de todos os grandes produtores. A exigência da participação do Irão, que pode agora retomar as exportações após o levantamento das sanções internacionais, era um grande entrave à concretização de um acordo para congelar a produção.