O petróleo está a registar uma sessão de fortes ganhos, impulsionado pela expectativa de uma reunião para congelar a produção em Abril e pela subida das reservas inferior à esperada. A desvalorização do dólar, após a decisão da Reserva Federal dos EUA, acentuou a subida dos preços nos mercados internacionais.

O West Texas Intermediate, negociado em Nova Iorque, valoriza 6,25% para 38,61 dólares por barril. O Brent, negociado em Londres, avança 4,26% para 40,39 dólares por barril, novamente acima da fasquia dos 40 dólares por barril. O ouro "negro" inverteu assim a tendência após duas sessões em queda.

As reservas de petróleo cresceram 1,32 milhões de barris na semana passada, para 532,2 milhões de barris, revelou esta quarta-feira a Administração de Informação de Energia dos EUA. Este é o valor mais elevado desde 1930. Mas, as estimativas recolhidas pela Bloomberg apontavam para uma subida superior, de 3,2 milhões de barris.

A impulsionar a negociação está também a notícia avançada pela Reuters, citando o ministro da Energia do Qatar, que indica que os membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) e outros grandes produtores de petróleo, incluindo a Rússia, planeiam reunir-se dia 17 de Abril, no Qatar, para discutir um acordo para congelar a oferta. A participação do Irão não é uma condição para a concretização da reunião, avançou a agência de notícias.

Adicionalmente, o dólar, a divisa em que é transaccionada a matéria-prima, está a registar uma forte queda, após a reunião da Reserva Federal dos EUA. A Fed manteve as taxas de referência inalteradas, deixando o alerta para os riscos na economia e nos mercados financeiros que podem ditar uma subida mais gradual dos juros. Previsões que levaram o dólar a cair quase 1%. A moeda está a desvalorizar 0,88% para 1,1206 euros.