Os mercados em números

PSI-20 avançou 2,15% para 5.110,62 pontos

Stoxx 600 sobe 0,04% para 341 pontos

S&P 500 desliza 0,08% para 2.014,34 pontos

"Yield" a 10 anos de Portugal desce 1,6 pontos base para 2,961%

Euro perde 0,26% para 1,1080 dólares

Brent recupera 3,15% para 39,96 dólares por barril, em Londres

Bolsas europeias à espera da Fed

Os investidores estiveram cautelosos à espera das declarações de Janet Yellen. O Stoxx 600 teve um ganho ligeiro de 0,04% antes de se conhecerem as mensagens e as decisões de política monetária da Reserva Federal dos EUA.
 

Os sectores automóvel e petrolífero foram os maiores vencedores da sessão, com os índices desses sectores a avançarem 2,16% e 1,64%, respectivamente. Já os bancos voltaram a ter o pior comportamento nas bolsas europeias, com o índice do sector a tombar mais de 1%, numa altura em que os investidores voltam a mostrar cepticismo sobre o Deutsche Bank.

No PSI-20 a história foi diferente. O índice avançou 2,15%, beneficiando dos ganhos expressivos da Galp, da Jerónimo Martins, dos CTT e da Sonae. A expectativa sobre o avanço das negociações entre o CaixaBank e Isabel dos Santos ajudou a dar ganhos à banca. Mas a maior subida da sessão pertenceu à Pharol, que disparou mais de 19% após notícias a indicarem o interesse de alguns fundos americanos em investirem na Oi.

Taxa a dez anos desce

As taxas das obrigações portuguesas a dez anos desceram, no dia em que Portugal regressou aos mercados de dívida de curto prazo e em que o Parlamento aprovou o Orçamento. A "yield" baixou 1,6 pontos base para 2,961% e o prémio de risco desceu ligeiramente para 265 pontos base.

As "yields" das obrigações espanholas e italianas também descem. A taxa das obrigações de Espanha cai um ponto base para 1,505%, enquanto a "yield" de Itália baixa 3,2 pontos base para 1,334%.

Euribor a três meses com novos mínimos

A Euribor a três meses está em valores cada vez mais negativos. A taxa desceu 0,003 pontos, para -0,230%, um novo mínimo histórico. No entanto, os indexantes a seis e 12 meses dão sinais diferentes. A Euribor a seis meses subiu 0,001 pontos para -0,219%, enquanto o indexante a 12 meses aumentou 0,002 pontos para -0,004%.

Euro em queda antes da reunião da Fed

A moeda única cede terreno face ao dólar, antes da Reserva Federal dos EUA comunicar ao mercado as decisões de política monetária. O euro perde 0,26% para 1,1080 dólares, com a nota verde a ser beneficiada com os dados económicos positivos divulgados esta sessão, o que pode dar confiança à entidade liderada por Janet Yellen para ser mais assertiva em relação à mensagem sobre o ciclo de normalização das taxas de juro nos EUA.   

Petróleo dispara mais de 3%

O petróleo regressou à casa dos 40 dólares, em Londres, impulsionado pela expectativa de uma reunião entre os membros da OPEP e outros produtores em Abril para debater a estabilização do mercado. As reservas de matéria-prima também subiram menos do que o esperado na semana passada, contribuindo para os ganhos. As reservas de petróleo cresceram 1,32 milhões de barris na semana passada, para 532,2 milhões de barris, revelou a Administração de Informação de Energia dos EUA. As estimativas apontavam para uma subida de 3,2 milhões de barris.

A impulsionar a negociação está também a notícia, avançada pelo ministro do Qatar, relativamente aos planos dos membros da OPEP e outros grandes produtores para realizar um encontro dia 17 de Abril, em Doha. O Brent, negociado em Londres, está a valorizar 3,12% para 39,95 dólares por barril. O West Texas Intermediate (WTI) avança 3,99% para 37,79 dólares, em Nova Iorque.

Tempo seco dá ganhos ao café

O preço do café subiu 2,86% para 129,30 dólares por libra-peso. A puxar pelo preço da matéria-prima está a incerteza sobre os resultados das colheitas deste ano, que se estão a aproximar. Os investidores receiam que o tempo seco no Brasil e na Colômbia tenha penalizado a produção de café, o que tem justificado as subidas.

Destaques do dia

Orçamento aprovado com votos do PS, Bloco, PCP e Verdes. O Orçamento do Estado para 2016 foi, como se esperava, aprovado pelo PS, Bloco, PCP e Verdes. Na votação final global, PSD e CDS-PP votaram contra e PAN absteve-se.

Estado coloca mais dívida que o previsto, mas deixou de ter juros negativos. O Estado colocou 443 milhões de euros em títulos a seis meses e 1.285 milhões em bilhetes do Tesouro a 12 meses. Mas já não conseguiu juros negativos no financiamento de curto prazo.

Globo: Oi no radar de fundos americanos. Os fundos americanos Cerberus e Elliot estarão em conversações com os accionistas da Pharol para a venda de uma posição na Oi ou um eventual aumento de capital, segundo o jornal Globo.

BPI: CaixaBank diz que ainda não chegou a acordo com Isabel dos Santos. Os accionistas espanhóis do BPI dizem que ainda não há acordo mas que continuam a manter contactos com a Santoro de Isabel dos Santos "para encontrar uma solução que possa ser aceitável para todas as partes".

Colômbia leva HSBC a subir "target" da Jerónimo Martins. O banco britânico actualizou as suas estimativas para a Jerónimo Martins para incluir as novas previsões para o mercado colombiano. O preço-alvo aumentou em um euro para 15,50 euros.

Analistas aplaudem estratégia da Galp. Os analistas realçam o corte do investimento anunciado pela companhia, numa apresentação que não trouxe grandes surpresas em termos de estimativas. O BPI subiu o preço-alvo. As acções seguem a ganhar mais de 2%.

O que vai acontecer amanhã

Portugal

O INE divulga a síntese económica de conjuntura, relativa a Fevereiro.

A Sociedade de Debates Académicos de Lisboa - Associação Estudantil organiza uma conferência sobre o tema "A Resolução Bancária em Portugal", na Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa.

Zona Euro

São divulgados os dados da balança comercial, referentes a Janeiro.

É publicado o índice de preços no consumidor, relativo a Fevereiro.

União Europeia

Os líderes dos países da União Europeia e o primeiro-ministro turco, Ahmet Davutoglu, reúnem-se para discutir a entrada de migrantes na Europa.

EUA

Divulgação dos dados relativos aos novos pedidos de subsídio de desemprego na semana terminada a 12 de Março.

São conhecidos os números dos pedidos de subsídio de desemprego continuados, na semana terminada a 5 de Março.

Inglaterra

Conclusão de mais uma reunião de política monetária, após a qual serão conhecidas as decisões quanto à taxa de juro e as compras de activos.