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Bolsa: Lisboa contraria sentimento europeu e fecha em terreno positivo

O PSI-20 terminou a sessão a somar quase 1%, impulsionado pelo sector energético. A bolsa de Lisboa contraria assim o sentimento das principais praças do Velho Continente, penalizadas pela banca e pelo sector automóvel.

Miguel Baltazar/Negócios
17 de Março de 2016 às 16:49
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Com 10 cotadas em alta e sete em queda, a bolsa nacional fechou a sessão desta quinta-feira a somar 0,97% para 5.160,39 pontos, numa altura em que o Stoxx 600 recuava 0,32% para 339,92 pontos, o germânico DAX perdia 1,18% para 9.865,57 pontos e o espanhol IBEX recuava 0,12% para 8.951,80 pontos.

Os investidores mostram-se receosos quanto às perspectivas de crescimento global, escreve a Bloomberg, adiantando que a penalizar o desempenho das praças do Velho Continente esteve sobretudo o sector automóvel - a ressentir-se com o fortalecimento do euro face ao dólar – e da banca – especialmente as cotadas italianas.

Depois da Reserva Federal norte-americana manter esta quarta-feira as taxas de juro entre 0,25% e 0,50% e alertar para os riscos da economia global, o banco central da Suíça decidiu manter os juros negativos e reafirmou o compromisso de defender o franco. A Noruega, por sua vez, cortou a taxa directora para 0,5% e admitiu mesmo descidas para valores negativos.

Por cá, a impulsionar a praça lisboeta esteve a Galp e a EDP.

A petrolífera somou 3,87% para 11,55 euros por acção, numa altura em que o petróleo de Londres negoceia acima dos 41 dólares e depois de os analistas da Haitong e do BPI aplaudiram a estratégia da empresa, anunciada a 15 de Março, no Dia do Investidor. A empresa anunciou que vai distribuir dividendos relativos ao exercício de 2015 e que vai reduzir o investimento em 15%.

O Brent, negociado em Londres e preço de referência para as importações europeias, soma 2,75% para 41,44 dólares por barril. O West Texas Intermediate, negociado em Nova Iorque, ganha 3,90% para 39,96 dólares.

A EDP somou 3,00% para 3,095 euros por acção num dia em que a eléctrica foi ao mercado para colocar obrigaçõestendo conseguido 600 milhões de euros em dívida a sete anos. Ainda no sector energético, a EDP renováveis somou 1,34% para 6.485 euros e a REN avançou 0,43% para 2.796 euros.

Também a impelir a praça lisboeta estiveram os CTT, que fecharam a somar 2,99% para 8.504 euros, na véspera do dia em que o Banco CTT abre portas em 52 estações dos correios dos 18 distritos do país, incluindo Açores e Madeira.

No sector da banca, destaque para o BPI, que somou 2,29% na sessão desta quinta-feira, para 1,295 euros, num dia em que o Negócios noticia que o anúncio oficial do acordo de divórcio amigável entre o CaixaBank e Isabel dos Santos no Banco BPI está dependente da formalização de diversas aprovações, incluindo de Luanda. A confirmar-se o "fumo branco" nas negociações, os analistas consultados pelo Negócios vêem pouca margem para uma oferta acima da anterior oferta pública de aquisição. Já o BCP caiu 3,64% para 4,23 cêntimos por acção.

No sector do retalho, apesar de a Sonae ter anunciado esta quarta-feira uma subida de 21,9% dos lucros em 2015, e de as margens baterem as estimativas dos analistas, a cotada terminou a sessão de hoje a perder 0,77% para 1,037 euros. A Jerónimo Martins fechou a cair 0,36% para 13,98 euros, apesar de os analistas do HSBC terem aumentado o preço-alvo da cotada, e reiterado a recomendação de "comprar".

No sector do papel, a Semapa avançou 1,15% para 11,445 euros, a Portucel caiu 0,61% para 3,243 euros e a Altri somou 0,51% para 3,907 euros.

No sector da construção, a Teixeira Duarte recuou 0,68% para 29,4 cêntimos e a Mota-Engil avançou 1,83% para 1,78 euros.

(Notícia em actualização)

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