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Glencore acelera redução de dívida e corta investimentos

A Glencore vai enfrentar esta quinta-feira, 10 de Dezembro, os investidores. A eles vai apresentar o novo plano de redução de dívida que quer fixar em 18 mil milhões de dólares no próximo ano.

Bloomberg
Negócios 10 de Dezembro de 2015 às 07:53
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A Glencore quer acelerar o seu programa de redução da dívida. A empresa mineira suíça traçou como objectivo reduzir para 18 a 19 mil milhões de dólares (16,5 - 17 mil milhões de euros) o seu nível de endividamento até ao final do próximo ano, de acordo com a Bloomberg. A meta anterior apontava para uma dívida de mais mil milhões.

A empresa diz que a sua liquidez aumentou para mais de 14 mil milhões de dólares, devendo continuar a subir, à medida que o plano de redução de dívida é prosseguido e concretizado.

Além da redução da dívida, a empresa impôs-se o objectivo de reduzir os investimentos, baixando-os no próximo ano para 3,8 mil milhões de dólares, face a um valor inicialmente previsto de 5 mil milhões de dólares, de acordo com um comunicado divulgado esta quinta-feira, 10 de Dezembro, dia em que a empresa realiza um Dia do Investidor para comunicar a sua estratégia de reestruturação.

De acordo com as projecções, a empresa mantém a meta de manter os fluxos de caixa libertos pela operação ("free cash flow", ou EBITDA menos os investimentos de capital - capex) acima dos dois mil milhões de dólares. "A Glecore vai manter-se confortavelmente com 'free cash flow' positivo". O EBITDA estimado para 2016 é de 7,7 mil milhões de dólares, tendo em conta os preços correntes.

"Mantemos um elevado nível de flexibilidade e continuaremos atentos às necessidades de rever os planos se tal for necessário", declarou o presidente executivo Ivan Glasenberg, citado no comunicado da empresa divulgado antes do início da reunião com os investidores que decorre esta quinta-feira.

Já em Setembro, a empresa ligada ao sector das matérias-primas que tem sofrido com a queda dos preços (devido ao abrandamento do crescimento chinês), à semelhança do que está a acontecer com as principais empresas de minério a nível mundial, tinha cortado os dividendos, aumentado capital e iniciado conversações para vender a sua unidade agrícola. A empresa já conseguiu uma redução de dívida de 8,7 mil milhões de dólares.

Na terça-feira, 8 de Dezembro, foi a vez da Anglo American, produtora de minério de ferro, manganésio, carvão, cobre e níquel, a avançar com um "programa de reestruturação mais radical e acelerado" devido à queda dos preços das matérias-primas. A companhia deverá assim reduzir o número dos activos em cerca de 60%, focar-se nos activos que geram maior liquidez e consolidar os seus negócios de seis para três: De Beers, Industrial Metals e Bulk Commodities. Está ainda previsto o corte de dois terços da força de trabalho da empresa, que é actualmente de 135 mil trabalhadores. 




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