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BCE vai às compras pelo segundo dia e juros da dívida de Portugal e dos periféricos recuam

No primeiro dia de compras, a autoridade monetária adquiriu dívida de bancos franceses e espanhóis. Já hoje, procedeu à compra de dívida de bancos italianos. Se estímulos falharem, BCE pode avançar para a compra de dívida corporativa a partir de Dezembro.

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21 de Outubro de 2014 às 12:38
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Ao segundo dia de compra de dívida privada pelo Banco Central Europeu (BCE), as taxas de juro da dívida dos países periféricos estão em queda. Mais a Norte, os juros das principais economias do euro estão a negociar em alta.

 

No primeiro dia de compras, a autoridade monetária adquiriu dívida de curto prazo dos bancos franceses Société Générale e do BNP Paribas, assim como de bancos espanhóis. Já esta terça-feira, 21 de Outubro, o BCE comprou dívida de bancos italianos, incluindo o Intesa Sanpaolo, de acordo com a Bloomberg.

 

Este programa tem como objectivo comprar aos bancos dívida garantida por empréstimos imobiliários ou empréstimos ao sector público ("covered bonds"). Desta forma, o BCE retira estes activos do balanço dos bancos para colocar no seu próprio balanço.

 

O objectivo é que as instituições financeiras fiquem com o seu balanço mais leve de forma a financiar empresas e famílias, fazendo chegar mais dinheiro à economia real. O plano de compra de "covered bonds" foi anunciado por Mario Draghi em Setembro. Este mercado vale um total de 2,6 biliões de euros.

 

Até ao final do ano deverá avançar um segundo programa de compra de instrumentos de dívida titularizados de empresas ("asset backed securities") e a autoridade monetária pretende aumentar o seu balanço até um bilião de euros (actualmente está nos 2,1 biliões de euros) de forma a combater a baixa inflação na Zona Euro.

 

Assim, os juros dos periféricos estão a negociar em queda nesta sessão. Em Portugal, os juros descem 20 pontos base para 3,456%, enquanto na Grécia perdem 56 pontos base para 8,020%. Em Espanha, descem 19 pontos base para 2,245%; em Itália recuam 60 pontos base para 2,535%.

 

Já nas maiores economias europeias, as taxas de juro negoceiam em sentido contrário. Na Alemanha, o bund a 10 anos valoriza 35 pontos base para 0,883%, enquanto em França a taxa de juro sobe seis pontos base para 1,318%.

 

As taxas de juro também estão em alta noutras economias a Norte: na Finlândia a sobem 14 pontos base para 1,047%; na Holanda ganham 19 pontos base para 1,054%.

 

Mas se estes dois planos de compra de dívida privada não forem suficientes para estimular a liquidez no mercado, o Banco Central Europeu poderá avançar para a compra de dívida corporativa a partir de Dezembro. "A pressão nesta direcção é alta", disse à Reuters uma fonte próxima do processo.

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