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Compra de dívida privada pelo BCE leva bolsas europeias a ganhar mais de 1%

As subidas das praças europeias estão a ser sustentadas pelos bancos que lideram os ganhos. O pódio é composto pelo grego Piraeus (9,65%), o italiano Monte dei Paschi (7,72%) e o português BCP (7,62%).

Bloomberg
21 de Outubro de 2014 às 14:18
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A compra de dívida privada pelo Banco Central Europeu (BCE) está a animar as principais praças europeias. À semelhança de Lisboa, as bolsas europeias seguem a ganhar mais de 1% na sessão desta terça-feira, 21 de Outubro.


Madrid (1,68%), Paris (1,85%) e Frankfurt (1,04%) seguem em terreno positivo. Também o índice Stoxx 600 – que junta as 600 maiores cotadas europeias – avança 1,29%, depois de ter sofrido oito quedas consecutivas até à semana passada (16 de Outubro), naquele que foi o maior ciclo de quedas em mais de dez anos, desde 2003.


Já Lisboa ganha 2,57% para os 5.138,24 pontos, isto depois de ter recuado para um valor abaixo dos cinco mil pontos na quinta-feira, 16 de Outubro, o valor mais baixo desde Agosto de 2012.

 

As subidas das praças europeias estão a ser sustentadas pelos bancos que lideram os ganhos. O pódio é composto pelo grego Piraeus (9,65%), o italiano Monte dei Paschi (7,72%) e o português BCP (7,62%).


Já a bolsa de Atenas valoriza 4,49%, registando uma subida pelo terceiro dia consecutivo. A bolsa grega chegou a perder até 13% do seu valor na passada semana, depois do plano do Governo helénico para sair do resgate internacional mais cedo ter sido mal acolhido pelos parceiros europeus e pelos mercados. A juntar a isto, esteve o aumento da incerteza sobre o futuro do Executivo de Antonis Samaras que pode vir a enfrentar eleições antecipadas.

 

As valorizações das praças europeias têm como fundo o BCE. Por um lado, a autoridade monetária já iniciou o programa de compra de dívida privada ("covered bonds") nos mercados. Em dois dias, o banco central já procedeu à compra de dívida de bancos franceses, espanhóis e italianos. A autoridade monetária está assim a proceder ao alívio dos balanços dos bancos europeus, com o objectivo de estimular o aumento do crédito para que mais dinheiro chegue à economia real e também para combater a deflação.


Por outro lado, o BCE já está a desenhar um plano B, caso os programas de compra de "covered bonds" e ABS falhem no seu objectivo de estimular a economia europeia e fazer subir a taxa de inflação, que continua em mínimos.


O plano foi hoje avançado pela Reuters que cita várias fontes conhecedoras do processo. "A pressão para ir nesta direcção é alta", disse à Reuters uma das fontes. Este plano começou a ser gizado depois da economia começar a piorar recentemente. "Na opinião de muitos dos membros da Comissão Executiva, o quadro económico piorou recentemente", apontou outra fonte.

 

A avançar, o plano poderá ser aprovado na reunião mensal de Dezembro da Comissão Executiva do BCE.

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