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Ministro dinamarquês: “Qualquer comparação entre a Dinamarca e Suíça é impossível”

O ministro da economia da Dinamarca defendeu, em entrevista à Bloomberg, que “qualquer comparação entre a Dinamarca e a Suíça é impossível”. Estas palavras surgem depois de o mercado especular que, tal como a Suíça, a Dinamarca estará a preparar-se para eliminar a indexação ao euro.

4º Dinamarca
Negócios 20 de Janeiro de 2015 às 09:52
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Alguns bancos nórdicos terão sido questionados sobre a possibilidade da moeda dinamarquesa perder a indexação ao euro. Porém,e depois do banco central dinamarquês ter negado, o ministro da Economia do país, Morten Oestergaard, reforçou a ideia que a coroa dinamarquesa não vai deixar de estar ligada ao euro.

 

"As circunstâncias são significativamente diferentes", assegurou o governante em entrevista à Bloomberg. "Qualquer comparação entre a Dinamarca e Suíça é impossível", acrescentou.

 

Estas palavras surgem depois da surpreendente decisão da autoridade monetária deste país de cortar a taxa de depósito para -0,2% procurando controlar a sua moeda. A decisão não acabou, no entanto, com a especulação de que irá quebrar a ligação ao euro, como o fez a Suíça.

 

O Negócios escreve esta terça-feira que, a Dinamarca também está assim a sentir a pressão provocada pela antecipação das novas medidas do BCE, mas resiste. "Agimos como sempre reagimos. Nós intervimos no mercado, e após fazê-lo durante algum tempo, alteramos as taxas de depósito. Esse é o procedimento padrão", afirma Karsten Biltoft, porta-voz do banco da Dinamarca, à Bloomberg. O banco tem as "ferramentas necessárias" para defender a ligação ao euro, assegura Biltof.

 

O Governador Lars Rohde tinha afirmado no final do ano passado que as taxas dinamarquesas estavam sob pressão, devido às medidas de estímulo à economia que o BCE deverá anunciar esta semana. O programa de compra de dívida pública, ao abrigo de um programa que tem como objectivo combater a deflação, está a levar os investidores a apostarem na moeda dinamarquesa, que consideram representar um investimento mais seguro.

 

O banco dinamarquês pode alterar as taxas em qualquer altura, mas fá-lo geralmente à quinta-feira, e em coordenação com o BCE, tornando por isso surpreendente o momento desta decisão, segundo analistas ouvidos pela Bloomberg, que colocam a possibilidade de nova alteração das taxas na quinta-feira.

 

Suíça deixa de ter ligação ao euro

 

No último dia 15 de Janeiro, o banco central da Suíça anunciou que decidiu desistir da ligação entre o franco e o euro. O banco central definiu em 2011 que a moeda do país deveria ter um câmbio mínimo de 1,20 francos suíços por euro, com o objectivo de proteger a economia suíça da turbulência originada com a crise da dívida soberana da Zona Euro. A autoridade monetária helvética temia que uma queda do euro devido à crise da dívida ameaçasse a economia suíça devido à apreciação do franco.

 

Agora, perante a tendência negativa do euro e a expectativa de mais quedas devido ao programa de compra de dívida pública que o BCE deverá anunciar na próxima semana, o banco central desistiu desta ligação do franco ao euro. O que apanhou o mercado de surpresa e está a gerar esta forte reacção dos activos ligados à economia suíça.

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