Desde que o banco central da Suíça anunciou o fim da ligação do euro ao franco, a Dinamarca tem estado sob pressão, especulando-se se será a próxima economia a terminar a ligação da divisa nacional à moeda única. Para defender a ligação da moeda, dia 19 de Janeiro, a Dinamarca anunciou uma descida surpreendente na taxa de depósitos de -0,05% para -0,2%. Quinta-feira, dia 22 de Janeiro, o banco central voltou a descer a taxa para -0,35%, acompanhando o anúncio de medidas de alívio quantitativo do Banco Central Europeu (BCE). Esta quinta-feira, 29 de Janeiro, o banco central alterou novamente a taxa de depósitos, descendo para um mínimo histórico de -0,5%, noticia a Bloomberg.

Esta taxa negativa, que pretende estimular os bancos a utilizar a liquidez, tem impacto não apenas nas taxas interbancárias, mas também nos juros da dívida dos bancos que são utilizados como indexante em muitos créditos à habitação. 

Esta medida acompanha a venda de coroas dinamarquesas no mercado, afirmou o banco. O banco Svenska Handelsbanken AB estima que o banco central terá vendido cerca de 100 mil milhões de coroas em Janeiro para enfraquecer a moeda, refere a agência noticiosa.

Estes são os dois instrumentos que o banco central da Dinamarca tem estado a utilizar para defender a indexação da moeda. O director de comunicação do banco afirmou esta quarta-feira à Bloomberg que estas são as duas ferramentas que continuam disponíveis. 

O objectivo do banco central é alcançar um câmbio de 7,46038 coroas dinamarquesas por euro, mas tem uma margem de variação possível de 2,25%. A coroa caiu esta quinta-feira para 7,441, afastando-se do objectivo do governador Lars Rohde.