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Dinamarca volta a cortar a taxa de juro dos depósitos

A Dinamarca voltou a reduzir a sua taxa de juro sobre os depósitos. É a quarta vez em 2015. O objectivo é reagir aos fluxos de capitais que ameaçam fortalecer a moeda dinamarquesa acima do nível de indexação ao euro.

Bloomberg
Negócios 05 de Fevereiro de 2015 às 16:33
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É a quarta vez em 2015. O Banco Central da Dinamarca voltou a cortar a taxa de juro sobre os depósitos, desta vez, para -0,75%. A taxa sobre os empréstimos manteve-se nos 0,05%.

 

Desde que o banco central da Suíça anunciou o fim da ligação do euro ao franco, a Dinamarca tem estado sob pressão, especulando-se se será a próxima economia a terminar a ligação da divisa nacional à moeda única. Para defender a ligação da moeda única, no dia 19 de Janeiro, a Dinamarca anunciou uma descida surpreendente na taxa de depósitos de -0,05% para -0,2%. Quinta-feira, dia 22 de Janeiro, o banco central voltou a descer a taxa para -0,35%, acompanhando o anúncio de medidas de alívio quantitativo do Banco Central Europeu (BCE). E na quinta-feira, 29 de Janeiro, o banco central alterou novamente a taxa de depósitos, descendo para um mínimo histórico de -0,5%. Voltando assim a tomar uma medida semelhante esta quinta-feira, 5 de Fevereiro, de acordo com a Bloomberg

 

"A política de taxa de câmbio fixa é um elemento indispensável de política económica na Dinamarca – e tem sido desde 1982", defendeu o Governador da autoridade monetária, Lars Rohde (na foto), em comunicado citado pela Bloomberg. "O Danmarks Nationalbank [Banco Central da Dinamarca] tem os instrumentos necessários para defender a política de taxa de câmbio fixa durante o tempo que for necessário", acrescentou.

 

Este país escandinavo tem implementado várias medidas para evitar uma apreciação da coroa dinamarquesa. Entre o leque de medidas aplicadas está o aumento de reservas em moeda estrangeira para o valor recorde de 16,3 mil milhões de dólares (acima dos 14 mil milhões de euros) no mês passado, bem como, a suspensão da venda de títulos de dívida soberana.

 

"Não há limite máximo para a quantidade de reservas em moeda estrangeira", defendeu ainda o líder da autoridade monetária dinamarquesa. "O único propósito dos instrumentos de política monetária é manter uma taxa de câmbio estável da coroa dinamarquesa face ao euro. As receitas do Banco Central da Dinamarca são afectadas de forma positiva pelo aumento das reservas em moeda estrangeira", acrescentou. 

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