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BPI: Acções do BCP continuam "atractivas" apesar de aumento de capital

Os analistas do BPI esperavam que o aumento de capital do BCP servisse para reembolsar na íntegra a ajuda estatal. Ainda assim assinalam que o banco fica a desconto face às pares ibéricas e europeias.

25 de Junho de 2014 às 10:44
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O BPI Equity Research espera que a reacção inicial do mercado, ao anúncio de um aumento de capital de 2,25 mil milhões de euros do Banco Comercial Português, seja negativa, mas mantém uma perspectiva positiva para os títulos.

 

Numa nota de research a comentar o aumento de capital ontem anunciado, o analista Carlos Peixoto diz que o aumento de capital "não pode ser visto com surpresa", dado que esta possibilidade "foi recorrentemente mencionada na imprensa".

 

Contudo, o BPI mostra-se surpreendido com a dimensão da operação e salienta que no mercado a expectativa apontava para que com esta operação o banco liderado por Nuno Amado conseguisse reembolsar toda a ajuda do Estado.

 

O BCP assinalou ontem que irá reembolsar o Estado em 1,85 mil milhões de euros, concluindo o BPI que toda a ajuda de 2,6 mil milhões de euros não será devolvida uma vez que o benefício com os impostos diferidos ficará cerca de 400 milhões de euros abaixo dos dois mil milhões de euros esperados.

 

"Deste modo, estimamos que a reacção inicial a este anúncio [de aumento de capital] será negativo", salienta Carlos Peixoto. As acções do BCP iniciaram a sessão a cair mais de 9% mas já recuperaram e entretanto avançam mais de 7%.  

 

Ainda assim, apesar de prever esta reacção negativa nas acções, o BPI salienta que a acção do BCP "continua atractiva em termos de avaliação". Tendo em conta os números já ajustados ao aumento de capital, o BCP transacciona com um PER (cotação sobre lucro por acção) estimado para 2016 e 2017 de 7,2 e 6,5, respectivamente. De acordo com o BPI, estes rácios mostram que o BCP está a negociar a desconto face à média do sector na Península Ibérica e na Europa.

 

O BPI manteve a recomendação de "comprar" para o BCP, com um preço-alvo (ainda não ajustado ao aumento de capital) de 0,30 euros. As acções sobem 7,82% para 0,1709 euros.

 

Quanto às revisões das metas do BCP, o BPI conclui que "não traduzem grandes surpresas".

 

Nota: A notícia não dispensa a consulta da nota de "research" emitida pela casa de investimento, que poderá ser pedida junto da mesma. O Negócios alerta para a possibilidade de existirem conflitos de interesse nalguns bancos de investimento em relação à cotada analisada, como participações no seu capital. Para tomar decisões de investimento deverá consultar a nota de "research" na íntegra e informar-se junto do seu intermediário financeiro. 

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