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BCP inverte e dispara 5% com mais de 100 milhões de títulos negociados

A pressão negativa marcou o início da primeira negociação do banco presidido por Nuno Amado desde que foi confirmado o aumento de capital. Os títulos chegaram a afundar mais 9% para mínimos de 2013, mas já sobem mais de 5% a esta altura.

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Foi com uma queda de 9,15% que as acções do Banco Comercial Português arrancaram a sessão bolsista desta quarta-feira, 25 de Junho. Já foi levantada a suspensão decretada na terça-feira pela Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), tendo em conta que o banco anunciou já a intenção de avançar com um aumento de capital de 2.250 milhões de euros.

 

As acções do BCP abriram a valer 14,5 cêntimos, estreando uma cotação inédita desde Dezembro de 2013. O BCP abriu a negociar em queda de 9,15%, ainda que tenha nos momentos seguintes recuperado ligeiramente, mas continuando em queda. 

 

Mas a esta altura, o banco já sobe, e bem. Os títulos ganham mais de 5% para 0,167 euros e com um elevado volume nesta primeira hora de negociação, ou seja, 106,6 milhões de acções, quando a média diária é de pouco menos do que isso.

 

Nesta primeira hora, o título chegou a valorizar 9,59%, atingindo os 0,1737 euros. O que espelha uma oscilação significativa neste título durante os primeiros momentos da sessão desta quarta-feira.

 

A cotação de terça-feira, na altura em que foi determinada a suspensão da negociação por parte do regulador, era de 15,85 cêntimos. 

 

Essa cotação é de 9,9 cêntimos se ajustarmos ao aumento de capital (cada acção irá dar um direito de subscrição das novas acções e cada quatro direitos permitirão subscrever sete novas acções). A subscrição dos novos títulos será feita por 6,5 cêntimos. Ou seja, em causa está um desconto de 34% face ao preço teórico de 9,9 cêntimos. Neste momento, as acções do BCP já cotadas mantêm-se acima deste nível.

 

O aumento de capital é de 2.250 milhões de euros, mas já se falava numa operação do género desde 14 de Maio, dia em que o Diário Económico indicou a intenção de um reforço de capital no BCP acima de 1.500 milhões de euros. Também se chegou a falar de 2 mil milhões, segundo uma notícia da Bloomberg. O montante que o banco quer arrecadar é mais significativo, sendo que há a garantia de um conjunto de bancos de que todas as 34,5 mil milhões de novas acções serão subscritas. Mais de 80% desse valor será utilizado para acelerar a devolução da ajuda estatal recebida em Junho de 2012.

 

Desde 13 de Maio, a última sessão antes da primeira notícia sobre o aumento de capital, as acções do BCP têm estado sob pressão na Bolsa de Lisboa. Acumularam, até aos 15,85 cêntimos ontem alcançados, uma desvalorização de 22%. Com a confirmação da operação, o desempenho negativo mantém-se. 

 

Talvez por isso, ou seja, pelo facto de as acções já terem vindo a descontar esse aumento de capital, o BCP esteja a agora a recuperar.

 

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