O Millennium bcp vai aproveitar a injecção de capital para pagar a maior parte da ajuda pública, que foi feita através dos instrumentos de capital híbrido (CoCos). 

O banco liderado por Nuno Amado garante, em comunicado, "ser intenção afectar as receitas desta Oferta Pública de Subscrição ao reembolso dos Instrumentos de Capital Híbrido subscritos pelo Estado no montante de 1.850 milhões de euros".

O que significa que, depois deste pagamento, faltará pagar 750 milhões de euros, deixando já o compromisso de pagar esse valor até ao início de 2016, de acordo com a aprovação regulatória. 

O BCP comunicou esta terça-feira, 24 de Junho, a intenção de realizar um aumento de capital de 2.250 milhões de euros, pretendendo utilizar 82% desse encaixe para pagar ao Estado parte da ajuda.

O BCP já tinha antecipado o pagamento de 400 milhões de euros, tranche que foi paga em Maio. Na altura, Nuno Amado, presidente do banco, sublinhou que "este reembolso representa uma prova de vitalidade do Millennium bcp que assim cumpre a primeira etapa do plano de reembolso. O nosso plano sempre previu que iniciaríamos o reembolso este ano. Estamos a fazê-lo ainda durante o primeiro semestre e iremos manter-nos em linha com o planeado".

A ajuda pública ao BCP totalizou 3.000 milhões, pelo que com o pagamento da tranche de 400 milhões em Maio faltam pagar 2.600. 

No comunicado divulgado esta terça-feira, 24 de Junho, o BCP explica que o encaixe do aumento de capital "permitir-nos-á acelerar significativamente o calendário do reembolso dos Instrumentos de Capital Híbrido subscritos pelo Estado, o que deverá gerar poupanças significativas com juros pagos e tem ainda um impacto positivo na capacidade interna de geração 

de capitais e na melhoria da estrutura e rácios de capital do Banco".