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Reembolso ao Estado permite ao BCP ambicionar maiores retornos
O BCP traçou as metas para 2017, ano em que espera ter um retorno dos capitais próprios (ROE) de 15%. O banco de Nuno Amado revelou os objectivos para 2017 no comunicado em que avança a intenção de aumentar capital em 2.250 milhões de euros.
O BCP aprovou o plano estratégico do grupo para 2017. Na apresentação de resultados, o BCP tinha revelado as metas para 2015, mas agora abre o livro em relação a um futuro mais longínquo.
De acordo com o comunicado emitido esta terça-feira, 24 de Junho, o BCP tem agora como meta atingir um retorno sobre capitais próprios (ROE) de cerca de 15%. No plano revelado anteriormente, o BCP previa cerca de 10% de ROE em 2015.
Para este objectivo contribuirá a redução de juros ao Estado que o banco conseguirá com o reembolso antecipado da maior parte da ajuda pública. O banco quer saldar mais 1.850 milhões da dívida ao Estado com o aumento de capital, o que lhe permitirá uma poupança significativa nos juros ao Estado.
Tal como o próprio banco refere no comunicado desta terça-feira, o aumento de capital "deverá gerar poupanças significativas com juros pagos e tem ainda um impacto positivo na capacidade interna de geração de capitais e na melhoria da estrutura e rácios de capital do Banco".
O rácio de capital Common Equity Tier 1 (que constitui o capital de melhor qualidade da instituição, em termos de permanência e capacidade de absorção de prejuízos) será em 2017 um pouco acima de 10%, acrescenta o banco em comunicado.
O BCP salienta ainda pretende reduzir o crédito líquido sobre recursos captados a um nível inferior aos 100%, o que significa que todos os recursos do banco cobrirão os créditos concedidos.
O banco de Nuno Amado, que está em plano de reestruturação com implicação ao nível de saídas de pessoal, pretende em 2017 ter um Rácio de eficiência de cerca de 40%, baixando os custos operacionais em Portugal para cerca de 660 milhões de euros.
"Estes objectivos estratégicos estão sujeitos a riscos relacionados, designadamente com as condições regulatórias, de mercado e concorrência", salienta, ainda assim, a instituição bancária.