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BBVA reitera preço-alvo de 14 cêntimos para BCP por acreditar em venda do Novo Banco a 4,8 mil milhões

O BBVA é um dos bancos apontados como interessado no Novo Banco. Não acredita em perdas significativas na alienação da instituição. Razão para recomendar a compra de acções do BCP.

Bruno Simão/Negócios
10 de Março de 2015 às 11:57
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O espanhol BBVA faz uma leitura positiva dos prejuízos apresentados pelo Novo Banco, de 468 milhões de euros. Apesar de esperar uma venda da instituição herdeira do Banco Espírito Santo com perdas, a expectativa é que estas sejam limitadas, no máximo, a 600 milhões de euros.


"O nosso cenário central é que o Novo Banco seja vendido entre 4,3 e 4,8 mil milhões de euros", indica a nota de "research" da unidade de investimento do BBVA, datada de 9 de Março em reacção aos resultados da entidade presidida por Eduardo Stock da Cunha apresentados esta segunda-feira.

 

O Novo Banco recebeu uma injecção de capital de 4,9 mil milhões de euros em Agosto de 2014 para chegar a um capital próprio de 6,1 mil milhões. No final do ano passado, apresentava um capital próprio de 5,47 mil milhões de euros, o que, na óptica do BBVA, "reduz a probabilidade de perdas incorridas na alienação do banco". Qualquer alienação abaixo dos 4,9 mil milhões será sempre com prejuízos. 

 

O banco espanhol é uma das 15 entidades aceites pelo Banco de Portugal como interessadas no Novo Banco - estas entidades têm até 20 de Março para apresentar propostas não vinculativas. Mas a unidade de investimento da banca espanhola não se inclui nos favoritos: "Continuamos a acreditar que os chineses (Bank of China, Angabang Insurance e Fosun), juntamente com o BPI e o Santander, estão entre os melhor posicionados para serem bem-sucedidos no leilão". Segundo o analista Ignacio Ularqui, a venda poderá estar concluída nos próximos três a quatro meses.

 

Com a possibilidade de a perda máxima na operação ser de 600 milhões de euros, a ser suportada pelo fundo de resolução (ou seja, pelos bancos), o BBVA avança com uma leitura positiva para o Banco Comercial Português, a cotada que está a avaliar. Assim, a probabilidade de perdas a enfrentar pelo BCP, que contribui para o fundo, é "reduzida". Logo, a unidade de investimento reitera a recomendação de "outperform" (desempenho acima do sector) e o preço-alvo de 14 cêntimos.

 

As acções do banco liderado por Nuno Amado negoceiam nos 8,47 cêntimos, caindo 3,53% face ao fecho de segunda-feira, o que confere um potencial de valorização de 65%.

 

Nota: A notícia não dispensa a consulta da nota de "research" emitida pela casa de investimento, que poderá ser pedida junto da mesma. O Negócios alerta para a possibilidade de existirem conflitos de interesse nalguns bancos de investimento em relação à cotada analisada, como participações no seu capital. Para tomar decisões de investimento deverá consultar a nota de "research" na íntegra e informar-se junto do seu intermediário financeiro. 

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