O Novo Banco tinha, em Dezembro de 2014, mais dívida pública em carteira do que em Agosto desse ano, quando foi criado. Aumentou essa exposição em 16,7%, para 1.948 milhões de euros, de acordo com as contas reveladas esta segunda-feira, 9 de Março.

Esta foi, aliás, a única carteira que o Novo Banco reforçou durante o quarto trimestre. Subiu em 278 milhões de euros o valor dos títulos de dívida pública portuguesa, ao mesmo tempo que diminuiu em 576 milhões o valor da carteira de outra dívida pública.

O Novo Banco contabiliza em 2.600 milhões de euros o montante que tem disponível em dívida pública de outros países que não Portugal. E desse valor, 1.200 milhões são títulos de dívida dos chamados países periféricos. O Novo Banco especifica que a maioria tem maturidade até um ano. De Itália tem 1.100 milhões, de Espanha 100 milhões. O Novo Banco ainda tem títulos gregos, mas com o que considera ser "uma exposição residual". São oito milhões em dívida pública grega.

A carteira de títulos, no global, foi diminuída em 1.700 milhões de euros, reforçando, segundo o Novo Banco, a sua liquidez. Esta carteira serve também para financiamento junto do BCE.

Segundo o Novo Banco, no final de 2014, o valor nominal da carteira de activos elegíveis para operações de redesconto ascendia a 14,2 milhões de euros, sendo 12,8 milhões elegíveis para redesconto junto do BCE.