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Vitória do Lei e Justiça na Polónia penaliza BCP e Jerónimo Martins

Jerónimo Martins e BCP estão a registar duas das maiores quedas da sessão. Uma reacção à vitória do partido Lei e Justiça, que quer introduzir um novo imposto sobre ambos os sectores. Algo que, a concretizar-se, irá afectar os resultados das duas empresas.

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O Lei e Justiça (PiS) foi o vencedor das eleições de domingo, 25 de Outubro, que colocaram Beata Szydlo no cargo de primeira-ministra da Polónia. Uma vitória que, por cá, está a ter um efeito penalizador na praça de Lisboa. É que o objectivo do partido de introduzir um imposto sobre a banca e os supermercados está a pressionar as acções da Jerónimo Martins e do BCP, presentes no país atrás da Biedronka e do Bank Millennium.

No pódio das quedas na bolsa de Lisboa. Assim está a ser o início de sessão para a Jerónimo Martins e o BCP. Por esta altura, a retalhista nacional cai 2,65% para 12,51 euros, tendo já chegado a desvalorizar um máximo de 3,00%. Já o banco liderado por Nuno Amado segue a perder 3,43% para 5,1 cêntimos. O BCP já chegou a cair um máximo de 4,00%.

A pressionar os títulos está a vitória do partido Lei e Justiça nas eleições na Polónia. Isto porque uma das grandes bandeiras do partido tem sido a introdução de um imposto sobre a banca e sobre as grandes retalhistas alimentares. Zbigniew Kuzmiukk (na foto), responsável pelos assuntos económicos do partido, afirmou que vai ser implementada uma taxa de 0,39% sobre os activos do sector financeiro a partir de 2016, bem como sobre os supermercados.

"Queremos, provavelmente já a partir de Janeiro de 2016, introduzir dois impostos que são importantes para nós: uma taxa de 0,39% sobre os activos da banca e uma taxa sobre os supermercados", disse Kuzmiukk, citado pela Reuters. Uma taxa sobre os activos pode representar até 35% dos lucros do Millennium, calcula o analista Michal Konarski, do Dom Maklerski Mbanku. A confirmar-se, será mais um encargo para o BCP, a acrescentar à factura da conversão dos créditos à habitação denominados em francos suíços para zloty, que deverá avançar independentemente do partido vencedor, estando os contornos ainda por definir.

A Jerónimo Martins estará sujeita a um novo imposto de 2% sobre as receitas da Biedronka, cujos custos poderá, contudo, tentar transferir para os clientes finais, aumentando os preços. O imposto procura proteger o pequeno retalho, beneficiando por isso outra operadora detida por portugueses, a Eurocash. "Se os objectivos da lei forem os anunciados, deverá beneficiar os nossos clientes, logo deverá beneficiar a Eurocash", diz Luís Amaral, CEO do grupo grossista.

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