O JPMorgan dá o pontapé de saída na época de resultados da banca norte-americana. Os dados do primeiro trimestre serão conhecidos esta quarta-feira, sendo que mais três bancos estarão em foco esta semana. Até porque as estimativas dos analistas não são animadoras. A Reuters aponta mesmo para os piores resultados desde a crise financeira, com as receitas de negociação aquém do desejável. Num ano de perdas, resta saber qual será a reacção das bolsas.

O maior banco dos EUA arrancará a época de resultados do sector. Mas logo depois do JPMorgan será a vez do Bank of America e do Wells Fargo na quinta-feira, bem como do Citigroup na sexta-feira. Nos dois primeiros dias da próxima semana, o foco estará no Morgan Stanley e no Goldman Sachs, respectivamente. Resultados que prevêem-se "negros".

As estimativas recolhidas pela Thomson Reuters apontam para uma queda de 20% nos lucros dos seis maiores bancos dos EUA. A verificar-se, será o pior arranque de ano desde o espoletar da crise financeira em 2008. Mas para alguns bancos, como o Goldman Sachs, a previsão é de que venham a ser os piores em mais de uma década. A pesar nas contas dos bancos continuam a estar as receitas de negociação. Isto numa altura em que as perspectivas para a economia mundial continuam a deteriorar e, assim, a pesar na confiança dos investidores.

Isso mesmo reflecte a evolução das bolsas mundiais. O S&P 500 sobe, actualmente, 0,70% este ano, depois de já ter estado a perder um máximo de 10,5%. Pior é o desempenho do sub-índice da banca, que já afundou um máximo de 23%. "Há muitos desafios pela frente", atira Jerry Braakman. O director de investimento do First American Trust aponta que "o primeiro trimestre será feio" para o sector financeiro nos EUA. "E não prevemos que seja necessariamente recuperado no segundo semestre do ano", conclui.