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Citigroup antecipa quebra de receitas de negociação este trimestre

O Citigroup adiantou que prevê uma quebra das suas receitas de negociação na ordem dos 15% no primeiro trimestre, juntando-se a outras instituições que já alertaram para a descida destas operações em 2016.

Bloomberg
09 de Março de 2016 às 12:12
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O Citigroup juntou-se a outros bancos americanos alertando que espera uma quebra das receitas de negociação no início deste ano, devido à turbulência nos mercados financeiros em 2016. As receitas de negociações em acções e dívida do Citigroup deverão recuar 15% no primeiro trimestre, adiantou o CFO do banco, John Gerspach, numa apresentação aos investidores, citada pela Bloomberg.


Segundo a agência, a confirmar-se a previsão, este será o quarto ano consecutivo de queda de receitas nos primeiros meses do ano com estas operações, num período que é tipicamente forte neste segmento. Já as receitas da banca de investimento deverão cair 25% no mesmo período, referiu Gerspach.


Vários bancos de investimento, incluindo o JPMorgan, têm avisado os accionistas sobre as dificuldades que a indústria está a atravessar neste arranque de ano, devido ao ambiente de juros baixos, à queda dos preços das matérias-primas e ao clima de instabilidade nos mercados mundiais.


Banca a duas velocidades


Estas preocupações são comuns ao sector financeiro europeu, mas a capacidade das instituições deste lado do Atlântico para fazer face a estas dificuldades é inferior, dada a dimensão dos bancos europeus face aos americanos. Segundo os cálculos do Financial Times, as receitas dos cinco maiores bancos de investimento europeus é significativamente inferior à das cinco maiores instituições nos EUA.


As receitas da banca de investimento nos EUA atingiram os 138,5 mil milhões de dólares (125,7 mil milhões de euros) no ano passado, mais do dobro dos 60,1 mil milhões de dólares (54,5 mil milhões de euros) registados pelos bancos de investimento europeus no mesmo período. Analisando apenas os cinco maiores bancos americanos e europeus a diferença é ainda mais expressiva.


As receitas dos cinco maiores bancos de investimento americanos somaram 33,5 mil milhões de dólares (30,4 mil milhões de euros) no ano passado, um valor que compara com os 4,2 mil milhões de dólares (3,8 mil milhões de euros) registados pelos cinco maiores bancos na Europa.

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