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Mota-Engil afunda mais de 20% na bolsa de Lisboa

A construtora está a afundar. Numa sessão que está a ser marcada por quedas acentuadas, a empresa liderada por Gonçalo Moura Martins cai mais de 20%. A queda, dizem os analistas, terá a ver com o petróleo.

O Haitong avalia as acções da Mota-Engil em 2,00 euros, o que implica um potencial de valorização 40%. A recomendação é de neutral.

O banco de investimento assinala que a Mota-Engil expandiu a sua actividade para África e América Latina, que são agora os seus mercados mais importantes. No final do primeiro semestre a construtora tinha uma carteira de encomendas de 4,6 mil milhões de euros, com a o mercado europeu a ter um peso de apenas 20%. O Haitong estima que a dívida líquida de 1,5 mil milhões de euros desça nos próximos tempos devido à venda da Ascendi. “Contudo, a companhia ainda não conseguiu atingir um crescimento orgânico no seu ‘cash flow’ de forma a mostrar que pode reduzir a alavancagem de uma forma sustentada”, refere o Haitong, assinalando que apesar do potencial de valorização, a recomendação é neutral devido à “necessidade de uma maior clareza sobre as encomendas em África”.
Bruno Simão
18 de Janeiro de 2016 às 09:49
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A Mota-Engil está a perder mais de um quinto do seu valor em bolsa. As acções da construtora registam uma queda de mais de 20% em Lisboa, destacando-se das demais cotadas num dia que está ser negativo no mercado português. A forte descida está a ser associada à queda dos preços do petróleo.

As acções da construtora arrancaram a sessão já em queda. Abriram a cair 2,7%, mas acentuaram a tendência negativa. Chegaram a perder um máximo de 21,29% até aos 1,135 euros, um mínimo de 2012, seguindo com uma queda de 20,94% para 1,14 euros. Está a perder um quinto do valor em bolsa. A capitalização actual é de 270 milhões de euros.


Esta descida "poderá estar relacionada com a queda do preço do petróleo", diz Albino Oliveira. O petróleo continua a afundar nos mercados internacionais, negociando já abaixo dos 28 dólares por barril. A Mota-Engil está exposta a esta queda dos preços através de Angola. Esta queda terá a ver com o impacto da descida do petróleo "no negócio da empresa via Angola".


"Com o levantamento das sanções ao Irão durante o fim-de-semana, a nova desvalorização do petróleo pressiona a Mota-Engil", diz Steven Santos, do BIG. Esta pressão resulta da "importância dos mercados africano e da América Latina na sua estratégia de crescimento", acrescenta o especialista.


Esta forte queda está a acontecer numa sessão em que já trocaram de mãos mais de um milhão de títulos da empresa. A média diária nos últimos seis meses é de 665 mil acções. O Negócios contactou a empresa para uma explicação sobre este este desempenho, sendo que não foi possível, ainda, obter um esclarecimento oficial. 


(Notícia actualizada às 9:58 com mais informação)

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