A bolsa nacional tem registado elevada volatilidade neste início de sessão. Iniciou o dia em queda, menos de meia hora depois estava a subir e agora está novamente em queda. O principal índice da praça nacional desce 2,47% para 4.713 pontos, o valor mais baixo em mais de um ano. Das 17 cotadas que integram o PSI-20, com 15 estão em queda e duas em alta. Há cinco empresas em mínimos.

Entre as restantes praças europeias não se verifica uma tendência definida. O Stoxx 600, índice de referência e que engloba as 600 empresas mais relevantes da Europa, soma 0,20%. 

Na última sexta-feira, o Stoxx 600 caiu 2,82% para 329,84 pontos. Sendo que acumulava, na altura, uma queda de 20,34% desde Abril de 2015, pelo que, tal como a praça chinesa, entrou também em mercado "urso". Os receios em torno do abrandamento económico da China têm penalizado as praças do Velho Continente.

Em destaque nesta manhã de segunda-feira na Europa estão os títulos do sector automóvel, com estas empresas, de acordo com a Bloomberg, a beneficiarem da queda do euro. A Fiat soma 0,68% para 6,695 euros, a BMW avança 1,77% para 78,50 euros, a Volkswagen cresce 1,39% para 113,45 euros. Por outro lado, a Renault desce 2,14% para 73,52 euros.

Na bolsa de Lisboa, destaque para as acções da Mota-Engil, Galp Energia e BCP. A Galp Energia recua 1,65% para 9,469 euros, numa altura em que os preços do petróleo continuam a cair nos mercados internacionais mas, ainda assim, menos do que já desvalorizaram esta manhã. O Brent do Mar do Norte, que serve de referência para as importações nacionais, desce 1,62% para 28,47 dólares por barril. A negociação da matéria-prima está a ser marcada pelo levantamento das sanções económicas ao Irão. Este país é o quinto maior exportador da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e pretende aumentar as suas vendas ao exterior, o que vai agravar o excesso de oferta já existente no mercado e penaliza a cotação do petróleo.

Ainda no sector da energia, a EDP Renováveis cede 0,97% para 6,859 euros. A EDP desce 2,63% para 2,967 euros. A REN desvaloriza 1,14% para 2,699 euros.

A registar uma desvalorização acentuada nesta manhã estão os títulos da Mota-Engil, que tombam 18,86% para 1,17 euros, depois de terem acentuado de forma muito acentuada a tendência negativa do início da sessão. Foram transaccionadas menos de 1 milhão de acções. A empresa já negociou em mínimos de Agosto de 2012. Ainda neste sector, a Teixeira Duarte perde 0,71% para 28 cêntimos. Na sessão, a construtora recuou já para os 27,5 cêntimos, o que corresponde ao valor mais baixo desde Dezembro de 2012.

Na banca, o BCP cai 9,41% para 3,8 cêntimos, sendo que esta manhã já tocou nos 3,67 cêntimos, o valor mais baixo desde Setembro de 2012. O BPI desliza 2,08% para 99 cêntimos.

No sector da pasta e do papel, a Semapa cede 1,08% para 11,475euros, a Portucel perde 2,23% para 3,11 euros. A Altri desce 1,67% para 4,131 euros.

As acções da Impresa, que já disparam 8,91% nesta sessão, seguem por esta altura a subir 1,21% para 50 cêntimos. A Nos perde 2,03% para 6,42 euros. A Pharol desce 3,36% para 23 cêntimos.

A travar uma queda mais acentuada da bolsa nacional está a retalhista Jerónimo Martins, que avança 0,45% para 11,17 euros, recuperando assim das quedas registadas recentemente. Nas três últimas sessões da semana passada a dona dos supermercados Pingo Doce encerrou em queda, tendo mesmo na última sexta-feira fechado a cair 5,92%.

Ainda no retalho, a Sonae perde 3,74% para 95,2 cêntimos.

Os CTT perdem 1,81% para 7,561 euros. Durante esta sessão negociaram já nos 7,51 euros - mínimos de Dezembro de 2014.

(Notícia actualizada às 9:57 com empresas e valores mínimos atingidos na sessão)