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Bolsa chinesa regista segunda sessão em alta e reduz queda semanal para quase 8%
A bolsa de Xangai encerrou a sessão desta sexta-feira a subir quase 5%, o que fez com que a queda semanal desta praça tenha reduzido para quase 8%, na quarta-feira a queda semanal ascendia a 16,5%.
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A bolsa chinesa encerrou pela segunda sessão consecutiva em terreno positivo. O Shanghai Composite Index fechou a subir 4,82%, depois de na sessão desta quinta-feira este índice ter encerrado a somar 5,34%. Com estas valorizações, a queda semanal desta praça chinesa foi reduzida para 7,85%, quando na quarta-feira o cenário era mais negro, com o índice a acumular uma descida de 16,5%. Na semana anterior, o Shanghai Composite Index registou uma quebra de 11,54%.
A impulsionar o comportamento terá estado a especulação que as autoridades chinesas estarão a intervir no mercado antes da parada de 3 de Setembro, que comemora o 70º aniversário do fim da Segunda Guerra Mundial. Esta quinta-feira, após o fecho do mercado chinês, surgiram notícias que apontavam que Pequim teria intervido no mercado de acções. A intervenção no mercado é a mais recente medida do Governo de Xi Jinping para garantir que nada afasta as atenções da parada, um evento que o líder chinês vai usar para demonstrar o crescente poder militar e político do seu país.
A Bloomberg adianta ainda que o banco central chinês reforçou a taxa de referência do yuan, num máximo de cinco meses, um movimento que pode sugerir que Pequim não quer realmente que nada ofusque a parada de 3 de Setembro. Daniel Chan, analista da Brilliant and Bright Investment, em Hong Kong, em declarações à Bloomberg sustenta que "a China quer salvar a face à medida que a [data] da parada se aproxima".
Já Gerry Alfonso, da Shenwan Hongyuan Group, em Xangai, disse à Bloomberg que "há muito para falar sobre os fundos ligados ao governo que estão a comprar acções e estão a ajudar o mercado". "Depois da forte correcção no início da semana, os investidores aparentemente começam a tomar consciência que a queda foi exagerada", acrescentou.
Opinião diferente, contudo, tem o Bank of America. A instituição considera que a recuperação dos títulos do gigante asiático vai ser curta dado que a intervenção de Pequim é muito cara. "Assim que as pessoas percepcionarem que o governo está a afastar-se de uma intervenção directa, vai haver novamente muitos investidores a vender acções", defendeu David Cui, estratega do Bank of America em Singapura, citado pela Bloomberg.