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Polícia chinesa interroga 11 pessoas por alegadas operações ilegais na bolsa

A polícia chinesa convocou 11 pessoas, incluindo um jornalista de economia, no âmbito de um inquérito sobre operações ilegais nos mercados bolsistas, noticiaram os meios de comunicação estatais.

26 de Agosto de 2015 às 19:35
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As autoridades chinesas acusam um jornalista da revista Caijing de ter colaborado com terceiros para fabricar e espalhar informações falsas sobre o comércio de valores mobiliários e mercados de futuros, anunciou a agência Nova China.

Em comunicado, a revista defendeu o jornalista, Wang Xiaolu, mas confirmou que foi intimado pela polícia.

Segundo a AFP, num artigo publicado em Julho, Wang escreveu que a autoridade reguladora de valores mobiliários estudava a possibilidade de uma saída dos fundos públicos do mercado.

A Comissão Chinesa de Regulação dos Mercados Financeiros desmentiu a informação e considerou o artigo "irresponsável", mas no início deste mês, a comissão anunciou que a China Securities Finance Corp. (organismo de intervenção nas bolsas em nome do governo) continuaria a ter um papel durante "vários anos", mas só entraria no mercado em caso de volatilidade, o que foi interpretado como um sinal de menor intervenção governamental nos mercados bolsistas.

As autoridades chinesas estão também a investigar cinco empresas de corretagem, incluindo uma de um banco estatal, por eventuais irregularidades durante as recentes quedas das bolsas na segunda maior economia mundial.

Quatro das companhias anunciaram, na terça-feira, terem recebido notificações da Comissão Reguladora de Valores da China, dando conta da abertura de uma investigação pelas suspeitas de que não verificaram adequadamente a identidade dos seus clientes.

Além disso, a agência oficial chinesa Xinhua informou que oito funcionários da Citic Securities, parte do conglomerado financeiro estatal Citic, também se encontram sob investigação por suspeita de implicação na compra e venda ilegal de valores mobiliários.

Contudo, o organismo oficial de supervisão dos mercados financeiros não emitiu qualquer informação sobre a investigação.

Entre as empresas investigadas figura a Huatai Securities, a maior empresa de corretagem da China em termos de volume de negócio.

Estas investigações surgem no contexto das pesadas perdas sofridas pelas bolsas chinesas.

As autoridades colocaram sob supervisão o trabalho das corretoras no início de Julho, na crise registada nos mercados bolsistas da China durante quatro semanas, sendo que, na altura, o ponto de viragem deu-se precisamente quando foi anunciada a abertura de uma investigação sobre as práticas especulativas.

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