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Wall Street regressa aos ganhos à boleia das tecnológicas

Após terem desafiado a habitual nota positiva de final de ano, os principais índices em Wall Street regressaram na última sessão da semana ao verde.

Richard Drew/AP
03 de Janeiro de 2025 às 21:07
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Depois de um início de ano em queda ligeira, os principais índices em Wall Street corrigiram esta sexta-feira, com os investidores a virarem atenções para os próximos dados relativos à economia norte-americana e potenciais mudanças sob a nova administração de Donald Trump, que toma posse a 20 de janeiro.

As perdas registadas na quinta-feira pelo S&P 500 e Nasdaq Composite, pela quinta sessão consecutiva, desafiaram a máxima histórica em que os principais índices em Wall Street habitualmente valorizam nas últimas cinco sessões de dezembro e nas primeiras duas de janeiro, o chamado "rally" de Natal.

O S&P 500 somou 1,26% para os 5.942,52 pontos, enquanto o Nasdaq Composite ganhou 1,77% para 19.622,05 pontos. Por sua vez, o Dow Jones avançou 0,8% para 42.732,13 pontos.

Os três principais índices voltaram a ser impulsionados pelas tecnológicas com maior capitalização bolsista, como a Tesla e a Nvidia, que embalaram o Nasdaq Composite para a maior subida entre os três "benchmark".

Entre os principais movimentos de mercado, a US Steel afundou 6,53%, depois de o ainda Presidente Joe Biden ter bloqueado a proposta de 14,1 mil milhões de dólares da japonesa Nippon Steel para comprar a centenária empresa.

Já a Tesla pulou 8,22% após ter sido conhecido que aumentou as vendas na China. Isto depois de a produtora de veículos elétricos ter registado a primeira queda anual numa década nas entregas de novos carros a nível global. A empresa liderada por Elon Musk põe assim fim a uma série de cinco sessões no vermelho em que desvalorizou 18%.

Por sua vez, a Microsoft avançou 1,14%, depois de a empresa ter divulgado que planeia investir 80 mil milhões de dólares este ano fiscal na construção de centros de dados para inteligência artificial (IA), com mais de metade da verba a ser aplicada nos EUA.

A incerteza em torno das próximas políticas de Trump têm deixado os investidores apreensivos. As propostas do Presidente-eleito que incluem a redução de impostos para as empresas, menor regulação, imposição de tarifas e acabar com a imigração ilegal podem animar a economia, mas também contêm riscos.

"Após a fraqueza do final do ano e um mercado em níveis elevados de sobrevenda, finalmente vimos alguns compradores entrarem em cena", afirmou à Reuters Ryan Detrick, estratega-chefe do Carson Group.

"Obviamente, a última semana e meia foi dececionante para os 'bulls', mas o volume tem sido baixo e não tem havido muitas notícias", acrescentando que segunda-feira vários "traders" voltam às mesas de negociação e aí se verá se o "rally" tem pernas para continuar.

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