Notícia
Wall Street regressa aos ganhos à boleia das tecnológicas
Após terem desafiado a habitual nota positiva de final de ano, os principais índices em Wall Street regressaram na última sessão da semana ao verde.
Depois de um início de ano em queda ligeira, os principais índices em Wall Street corrigiram esta sexta-feira, com os investidores a virarem atenções para os próximos dados relativos à economia norte-americana e potenciais mudanças sob a nova administração de Donald Trump, que toma posse a 20 de janeiro.
As perdas registadas na quinta-feira pelo S&P 500 e Nasdaq Composite, pela quinta sessão consecutiva, desafiaram a máxima histórica em que os principais índices em Wall Street habitualmente valorizam nas últimas cinco sessões de dezembro e nas primeiras duas de janeiro, o chamado "rally" de Natal.
O S&P 500 somou 1,26% para os 5.942,52 pontos, enquanto o Nasdaq Composite ganhou 1,77% para 19.622,05 pontos. Por sua vez, o Dow Jones avançou 0,8% para 42.732,13 pontos.
Os três principais índices voltaram a ser impulsionados pelas tecnológicas com maior capitalização bolsista, como a Tesla e a Nvidia, que embalaram o Nasdaq Composite para a maior subida entre os três "benchmark".
Entre os principais movimentos de mercado, a US Steel afundou 6,53%, depois de o ainda Presidente Joe Biden ter bloqueado a proposta de 14,1 mil milhões de dólares da japonesa Nippon Steel para comprar a centenária empresa.
Já a Tesla pulou 8,22% após ter sido conhecido que aumentou as vendas na China. Isto depois de a produtora de veículos elétricos ter registado a primeira queda anual numa década nas entregas de novos carros a nível global. A empresa liderada por Elon Musk põe assim fim a uma série de cinco sessões no vermelho em que desvalorizou 18%.
Por sua vez, a Microsoft avançou 1,14%, depois de a empresa ter divulgado que planeia investir 80 mil milhões de dólares este ano fiscal na construção de centros de dados para inteligência artificial (IA), com mais de metade da verba a ser aplicada nos EUA.
A incerteza em torno das próximas políticas de Trump têm deixado os investidores apreensivos. As propostas do Presidente-eleito que incluem a redução de impostos para as empresas, menor regulação, imposição de tarifas e acabar com a imigração ilegal podem animar a economia, mas também contêm riscos.
"Após a fraqueza do final do ano e um mercado em níveis elevados de sobrevenda, finalmente vimos alguns compradores entrarem em cena", afirmou à Reuters Ryan Detrick, estratega-chefe do Carson Group.
"Obviamente, a última semana e meia foi dececionante para os 'bulls', mas o volume tem sido baixo e não tem havido muitas notícias", acrescentando que segunda-feira vários "traders" voltam às mesas de negociação e aí se verá se o "rally" tem pernas para continuar.