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Bolsa chinesa sobe mais de 5% após cinco sessões em queda

A bolsa chinesa regressou aos ganhos depois de ter registado a pior queda de cinco dias em duas décadas. Os receios em torno da evolução da economia têm afastado os investidores o que levou Pequim a implementar medidas para impulsionar a economia.

27 de Agosto de 2015 às 08:51
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Depois de cinco dias em queda – que representa a pior descida em duas décadas – a bolsa chinesa regressou esta quinta-feira, 27 de Agosto aos ganhos. O Shanghai Composite Index encerrou a sessão a subir 5,34% tendo, durante a sessão, avançado um máximo de 5,40%. Entre as restantes praças asiáticas, o dia foi de ganhos, com o japonês Nikkei a subir 1,08% no fecho da sessão e o Topix a crescer 1,45%. Na Europa, o arranque da sessão está a ser de valorizações, com o índice de referência, o Stoxx 600, a subir 2,44%.

Porém, as opiniões dividem-se quanto ao comportamento dos índices chineses esta quinta-feira. "Vemos alguns pontos de entrada interessantes", afirmou à Bloomberg Catherine Yeung, directora da Fidelity em Hong Kong. "Os investidores devem esperar mais volatilidade", acrescentou. Lim Say Boon, director de investimentos do DBS Bank em Singapura, considera que se trata "de um salto técnico que dissemos na segunda-feira que provavelmente iria ter lugar dentro de dias". "Mas não fiquem demasiado contentes com isto. Os fundamentais não mudaram", acrescentou numa nota de análise, citada pela Bloomberg.

Esta semana, Pequim introduziu novas medidas para estimular a economia. Na última segunda-feira, 24 de Agosto, o banco central chinês cortou em 25 pontos base a taxa de juro a um ano aplicada aos empréstimos para 4,6%. Também a taxa de juro a um ano dos depósitos foi cortada em 25 pontos para 1,75%. Esta é a quinta vez que a autoridade corta os juros desde Novembro, numa tentativa de reanimar a segunda maior economia mundial.

Em Junho, a bolsa de Xangai começou a dar os primeiros sinais de alerta. Afundou, mas a China criou mecanismos para travar as quedas. Contudo, com os cada vez mais negativos indicadores macroeconómicos, a tendência voltou a acentuar-se neste final de mês.

O Negócios na edição de hoje que só medidas "inovadoras" podem estancar as perdas em Xangai. Os especialistas consideram mesmo que o corte de juros não é suficiente para travar a fuga dos investidores e são necessárias medidas "inovadoras". Na edição desta quinta-feira, o Negócios avança ainda que o colapso das bolsas tirou as empresas chinesas do topo do mundo.

Entretanto, esta manhã a Bloomberg avança, citando duas fontes anónimas, que a China reduziu este mês o montante que detém de obrigações do Tesouro norte-americanas para ajudar a suavizar a depreciação do yuan, a moeda chinesa. O montante alienado não é referido.

Banco do Japão: abrandamento chinês não terá efeitos muito negativos para o Japão

O governador do Banco do Japão, Haruhiko Kuroda, considera que o abrandamento do ritmo de crescimento económico da China não terá efeitos muito negativos na economia nipónica a médio prazo.

"As exportações para a China já foram afectadas mas não acho que as exportações japonesas nos próximos anos venham a ser muito negativamente afectadas. Em parte porque a China vai manter o crescimento e porque os bens de investimento japonesas são competitivos", afirmou em Nova Iorque, Estados Unidos da América, citado pela Reuters.

Haruhiko Kuroda considera que o produto interno bruto (PIB) da China deverá crescer entre 6 e 7% este ano e o próximo.

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