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Acções da Oi disparam 17% com novo acordo para fusão com a Portugal Telecom

Tal como a operadora portuguesa, a Oi também está a subir esta quarta-feira, depois de terem sido anunciados novos termos para a fusão entre as empresas. A Oi poderá ter uma maior posição na companhia resultante, a CorpCo.

9º Zeinal Bava, Portugal Telecom (Posição anterior: 5)
Bloomberg
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As acções da Oi estão em forte alta na bolsa de São Paulo. Marcaram, aliás, a maior subida desde Junho de 2013, quando ganharam 19%. O comportamento deve-se aos novos termos para a fusão entre a empresa brasileira de telecomunicações e a Portugal Telecom, em que a Oi poderá vir a ter uma maior participação do que anunciado anteriormente.  

 

Os títulos da empresa brasileira comandada por Zeinal Bava (na foto) seguem a ganhar 17,31% para os 1,83 reais, seguindo em valores que não eram alcançados desde o início da semana passada. Desde aí, a acção tem sido castigada com receios de que a fusão poderia não acontecer.

                               

Nos primeiros minutos da sessão, foram negociadas 24 milhões de acções da Oi quando a média diária dos últimos seis meses se fixa em 34 milhões.

 

A subida é mais intensa do que a registada pela Portugal Telecom, que avança 6,5% na Bolsa de Lisboa, cotando nos 1,949 euros.

 

A razão para o movimento é a garantia dada pelas administrações das duas empresas de que a fusão é para avançar. Apesar disso, há novos termos para essa operação, depois de a empresa Rioforte, do Grupo Espírito Santo, não ter pago um empréstimo de 847 milhões de euros à PT. Essas novas condições são mais favoráveis à Oi.

 

Esta solução é "positiva para a Oi, já que permite, na nossa perspectiva, isolar o valor das suas acções das aplicações em papel comercial da Rioforte", com a responsabilidade de resolver esta questão a estar nas mãos "exclusivamente da PT", explicam os analistas do BESI numa nota de análise.

 

O novo memorando de entendimento indica que a PT vai ficar com 25,6% da CorpCo, o nome que tem sido atribuído à empresa resultante da fusão. O valor é inferior aos 39,6% que estavam definidos na primeira assinatura do memorando.

 

O que acontece é que a PT receberá a dívida da Rioforte (que estava já na Oi porque os activos da empresa portuguesa já tinham sido transferidos para São Paulo). Em contrapartida fica com a opção de compra de acções representativas do capital da Oi, podendo recuperar aquela posição na empresa resultante da fusão dentro de seis anos.

 

Esta opção de compra que ficará na posse da PT "terá uma maturidade de 6 anos, expirando a possibilidade de exercício pela PT de 10% das acções objecto da opção no fim do primeiro ano e de 18% em cada ano seguinte", explica o comunicado assinado por Henrique Granadeiro, presidente executivo, e Luís Pacheco de Melo, administrador financeiro da operadora portuguesa. Se não usar tal opção de compra, a Oi fica com mais capital na CorpCo do que o inicialmente previsto. 

 

(Notícia actualizada com mais informações pelas 15 horas)

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