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Acções da PT sobem mais de 5% após acordo com a Oi

A Portugal Telecom já subiu mais de 5% esta manhã, depois de ter revelado que a Rioforte falhou o pagamento de 847 milhões de euros de dívida que vencia na terça-feira e de ter apresentado um memorando de entendimento com a Oi para reafirmar o processo de fusão.

16 de Julho de 2014 às 09:16
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As acções da PT sobem 4,21% para 1,907 euros, depois de já terem chegado a deslizar 5,46% para 1,93 euros esta manhã, a recuperar parte das fortes perdas registadas nos últimos dias devido aos receios de incumprimento por parte do Grupo Espírito Santo (GES).

 

Este incumprimento foi confirmado esta manhã pela operadora de telecomunicações nacional, com a PT a revelar um memorando de entendimento realizado com a Oi no âmbito deste incumprimento. A PT vai receber da Oi a dívida que a Rioforte não pagou em contrapartida por acções da Oi. A operadora portuguesa ficará 25,6% da nova Oi, e com o direito de compra dos títulos que agora serão "trocados" por dívida da Rioforte. As duas empresas comprometem-se a "desenvolver contra a Rioforte e partes relevantes relacionadas as vias legais e procedimentais ao seu dispor com vista a obter o reembolso da dívida."

 

O investimento de quase 900 milhões de euros em papel comercial da Rioforte por parte da PT foi conhecido a 26 de Junho. Desde esse dia, altura em que já se sabia que o GES estava com problemas financeiros, e até ontem o valor dos títulos da operadora nacional encolheu praticamente 37%.

 

Com o acordo alcançado entre a operadora nacional, liderada por Henrique Grandeiro, e a Oi, a PT fica com a dívida da Rioforte e com menos percentagem do capital da brasileira. Antes desta operação, os accionistas da PT ficariam com cerca de 38% da nova Oi, com a avaliação dos seus activos a atingir os 1,9 mil milhões de euros (com dividendos, entretanto pagos). Mas o investimento no papel comercial da Rioforte ditou que os accionistas da PT ficassem com menos, passando assim a deter "uma participação económica na CorpCo de 25,6% ajustada pelas aplicações de tesouraria", explicou esta manhã a PT em comunicado.

 

Esta solução é "positiva para a Oi, já que permite, na nossa perspectiva, isolar o valor das suas acções das aplicações em papel comercial da Rioforte", com a responsabilidade de resolver esta questão a estar nas mãos "exclusivamente da PT", explicam os analistas do BESI numa nota de análise.

 

"Considerando que ambos os lados continuam comprometidos com a conclusão da fusão, mesmo admitindo potenciais atrasos, felicitamos esta solução face à situação, já que, na nossa perspectiva [este acordo] deve levar a uma recuperação do valor das acções da Oi que tem sido afectado por este investimento em papel comercial e também por preocupações que a fusão pudesse não ocorrer", adiantam os analistas do BESI.

 

"O mercado deve reagir de forma negativa" devido aos novos termos do acordo alcançado com a Oi, considera o analista do BPI Pedro Oliveira.

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