Notícia
Frasquilho: "Não consigo perceber a pressa em privatizar a TAP"
O antigo "chairman" da companhia aérea portuguesa defende que o Governo deve esperar de forma a que os bons resultados da companhia aérea possam resultar numa proposta que maximize a venda a privados.
O antigo presidente do conselho de administração da TAP Miguel Frasquilho questionou esta quinta-feira a "pressa" do Governo em vender a companhia aérea sem aproveitar os bons resultados financeiros que a empresa está a obter na maximização do valor da alienação da companhia a privados.
Poucas horas antes de ser conhecido o veto do Presidente da República ao decreto que define a reprivatização da companhia aérea, Frasquilho fez uma avaliação do atual momento financeiro da companhia aérea, defendendo que "hoje a TAP é uma empresa que parece estar sustentada, que está a ter resultados positivos e que vai atingir o melhor ano da sua história em termos de receita e em termos de resultados".
Nesse sentido, questionou o calendário traçado pelo Executivo de António Costa para devolver parte do capital da empresa a privados. "Não entendo a pressa em privatizar a TAP porque se os contribuintes injetaram 3,2 mil milhões na TAP, seria muito interessante que com a privatização esse montante pudesse ser recuperado", destacou.
Para o antigo gestor, "à medida que a TAP vai apresentando resultados positivos isso vai criando valor e fazer com que a receita de uma privatização seja mais elevada".
Frasquilho falava nas Conferências de Outono, em Anadia, um encontro promovido pela autarquia bairradina e pela consultora Fnway.
Questionado sobre se uma eventual mudança no calendário de privatização poderia afugentar os interessados, o ex-"chairman" desvalorizou tal possibilidade, uma vez que "com estes resultados que a TAP está a ter a empresa tornar-se mais apetecível".
"Nunca faltarão interessados em ter uma participação na companhia. É uma questão de tempo. Vamos é maximizar o encaixe que pode vir dessa privatização", defendeu.
Frasquilho mostrou-se ainda contra uma cenário de uma privatização de 100% do capital: "Espero que a TAP não seja totalmente privada", frisou. O gestor disse ser "favorável a uma TAP maioritariamente privada", sublinhou que "é muito importante que o Estado permaneça como acionista, mesmo que minoritário".
A TAP registou lucros recorde de 203,5 milhões de euros no acumulado dos primeiros nove meses do ano e de 180,5 milhões no terceiro trimestre, segundo o comunicado enviado pela companhia aérea. Entre janeiro e setembro de 2022, a companhia registou um prejuízo de 90,8 milhões de euros.
Além de passar de prejuízo a lucro, a empresa frisou, quando divulgou as contas até setembro, que o resultado acumulado dos nove meses "é o mais elevado de sempre desde que são divulgados resultados trimestrais".
Entre janeiro e setembro, o EBITDA (lucros, antes de juros, impostos, amortizações e depreciações) cresceu 44,5% para 725,6 milhões de euros. Já durante o terceiro trimestre, o EBITDA subiu 41,7% para 380,4 milhões de euros.
Marcelo troca as voltas ao Governo com novo veto
O Presidente da República vetou esta quinta-feira o diploma da privatização da TAP considerando que há três pontos essenciais que não foram esclarecidos, entre os quais o papel do Estado e a transparência do processo. São três as dúvidas de Marcelo Rebelo de Sousa que justificam a devolução do diploma e que o Chefe de Estado entendeu não ficarem clarificadas
"O Presidente da República decidiu devolver ao Governo o diploma de privatização da TAP, solicitando a clarificação de três aspetos que considera essenciais: a capacidade de acompanhamento e intervenção do Estado numa empresa estratégica como a TAP; a questão da alienação ou aquisição de ativos ainda antes da privatização; a transparência de toda a operação", lê-se na nota pulicada esta sexta-feira no site da Presidência da República.
Poucas horas antes de ser conhecido o veto do Presidente da República ao decreto que define a reprivatização da companhia aérea, Frasquilho fez uma avaliação do atual momento financeiro da companhia aérea, defendendo que "hoje a TAP é uma empresa que parece estar sustentada, que está a ter resultados positivos e que vai atingir o melhor ano da sua história em termos de receita e em termos de resultados".
Para o antigo gestor, "à medida que a TAP vai apresentando resultados positivos isso vai criando valor e fazer com que a receita de uma privatização seja mais elevada".
Frasquilho falava nas Conferências de Outono, em Anadia, um encontro promovido pela autarquia bairradina e pela consultora Fnway.
Questionado sobre se uma eventual mudança no calendário de privatização poderia afugentar os interessados, o ex-"chairman" desvalorizou tal possibilidade, uma vez que "com estes resultados que a TAP está a ter a empresa tornar-se mais apetecível".
"Nunca faltarão interessados em ter uma participação na companhia. É uma questão de tempo. Vamos é maximizar o encaixe que pode vir dessa privatização", defendeu.
Frasquilho mostrou-se ainda contra uma cenário de uma privatização de 100% do capital: "Espero que a TAP não seja totalmente privada", frisou. O gestor disse ser "favorável a uma TAP maioritariamente privada", sublinhou que "é muito importante que o Estado permaneça como acionista, mesmo que minoritário".
A TAP registou lucros recorde de 203,5 milhões de euros no acumulado dos primeiros nove meses do ano e de 180,5 milhões no terceiro trimestre, segundo o comunicado enviado pela companhia aérea. Entre janeiro e setembro de 2022, a companhia registou um prejuízo de 90,8 milhões de euros.
Além de passar de prejuízo a lucro, a empresa frisou, quando divulgou as contas até setembro, que o resultado acumulado dos nove meses "é o mais elevado de sempre desde que são divulgados resultados trimestrais".
Entre janeiro e setembro, o EBITDA (lucros, antes de juros, impostos, amortizações e depreciações) cresceu 44,5% para 725,6 milhões de euros. Já durante o terceiro trimestre, o EBITDA subiu 41,7% para 380,4 milhões de euros.
Marcelo troca as voltas ao Governo com novo veto
O Presidente da República vetou esta quinta-feira o diploma da privatização da TAP considerando que há três pontos essenciais que não foram esclarecidos, entre os quais o papel do Estado e a transparência do processo. São três as dúvidas de Marcelo Rebelo de Sousa que justificam a devolução do diploma e que o Chefe de Estado entendeu não ficarem clarificadas
"O Presidente da República decidiu devolver ao Governo o diploma de privatização da TAP, solicitando a clarificação de três aspetos que considera essenciais: a capacidade de acompanhamento e intervenção do Estado numa empresa estratégica como a TAP; a questão da alienação ou aquisição de ativos ainda antes da privatização; a transparência de toda a operação", lê-se na nota pulicada esta sexta-feira no site da Presidência da República.